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Especial

IGP confirma que dinheiro falso era usado por quadrilha para obter mercadorias na internet

Para a Polícia Civil, a confirmação aponta para uma mesma origem as cédulas falsificadas que causaram prejuízos para mais de 100 vítimas na Região Metropolitana de Porto Alegre

Peritos realizaram vários testes nas notas apreendidas | Foto: Ascom / IGP / Divulgação / CP

O Instituto-Geral de Perícias confirmou a falsificação das cédulas de reais empregadas pela quadrilha para aplicar golpes na internet através da compra de mercadorias. A comprovação do dinheiro falso foi realizada pelo Departamento de Criminalística do IGP, que realizou diversos testes como o tipo de impressão da nota e se a tarja holográfica reflete alternadamente o valor da cédula e a palavra reais.

Os peritos do IGP esfregaram ainda as cédulas em um papel. “Tanto a nota verdadeira quanto a falsa podem marcar o papel, mas a verdadeira segue com a impressão intacta, e a nota falsa perde qualidade”, explicou o perito criminal Eduardo Lima Silva.

O tipo de papel também é definitivo para a comprovar o crime, sendo que a verdadeira traz uma marca d 'água que faz parte do processo de impressão do papel emitido pela Casa da Moeda. Nas notas falsificadas ela aparece como um carimbo, sobreposto à cédula. “Qualquer um desses elementos, que não esteja de acordo com a cédula oficial, já é suficiente para apontar a falsificação”, explica o perito.

As cédulas nos valores de R$ 50 e R$ 100, algumas com repetições nos números de série, foram apreendidas há poucos dias pela 2ª DP de Gravataí, sob comando do delegado Guilherme Calderipe, que investiga a quadrilha por aplicar golpes com notas falsas na compra de produtos na internet. Mais de 100 casos teriam cometido vítimas da Região Metropolitana de Porto Alegre. A estimativa é de que os estelionatários obtinham em torno de R$ 100 mil por mês.

Na manhã desta terça-feira, em entrevista à reportagem do Correio do Povo, o delegado Guilherme Calderipe afirmou que o resultado dos testes do IGP é “interessante” por que aponta para uma mesma origem em relação aos autores, o que possibilita efetivamente que sejam juntados todos os casos investigados. “Estamos na fase de conclusão do inquérito e provavelmente vai indiciar este grupo”, enfatizou.

O trabalho investigativo apontou que o grupo criminoso comprava produtos, como celulares e aparelhos de televisão, que estavam sendo vendidos pelas vítimas na internet. O pagamento era feito com as notas falsas, e depois os produtos eram revendidos.

Os golpistas tinham interesses em anúncios feitos pelas vítimas nas redes sociais, plataformas de comércio online e aplicativos, onde eram ofertados, por exemplo, telefones celulares, videogames e televisores, entre outros eletroeletrônicos. Quatro suspeitos estão presos, mas o líder permanece foragido.

Correio do Povo