Apesar da confissão, o delegado seguirá investigando o caso para verificar a possibilidade de haver um mandante do crime, mesmo acreditando que o trio tenha agido sozinho. “Iremos confrontar a confissão dos três adolescentes com outras provas. Vamos apurar a possibilidade do crime ter sido incentivado por alguém, mas a principio a confissão é idônea”, afirmou.
Barcellos ainda relatou que, ao serem ouvidos, os adolescentes estavam calmos e afirmaram se tratar de "uma brincadeira que fugiu do controle". Ele observou que os adolescentes parecem não ter ainda a real dimensão do ato. Segundo o delegado, dois deles trocaram mensagens por celular comentando a repercussão do incêndio na imprensa. “Parece que não caiu a ficha. Depois de colocarem fogo, eles disseram que voltaram ao local, já isolado, para ver o que tinha acontecido”, contou.
Eles declararam ao delegado que utilizaram tinta e um líquido inflamável, ainda não identificado, para iniciar o incêndio. No início da tarde, dois deles foram conduzidos pelo delegado até o pavilhão incendiado para que explicassem como provocaram as chamas.
Após prestarem esclarecimentos, os adolescentes infratores foram liberados. Eles devem ser indiciados como menores infratores por incêndio e responderão em liberdade. O relatório de investigação policial será remetido ao Ministério Público. Os três podem ser sujeitos a medidas sócio-educativas e até a internação na Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul (Fase).
A polícia chegou até os jovens, um de 14 e dois de 15 anos, após o testemunho de moradores que viram os três correndo próximos ao pavilhão incendiado. O prejuízo estimado pela Prefeitura de Gramado é de cerca de R$ 1 milhão, entre danos à estrutura do pavilhão da ExpoGramado e adornos do Natal Luz consumidos pelas chamas.
Com informações dos repórteres Halder Ramos e Gabriel Jacobsen
Correio do Povo e Rádio Guaíba