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Indígenas relatam intimidação da Guarda Municipal durante venda de cestas de Páscoa em Porto Alegre

Em nota, Guarda Municipal informou que apenas foi solicitada a redução da área ocupada para que viaturas pudessem passar trafegar pela rua dos Andradas

| Foto: Arão da Silva/Reprodução/CP

Um vídeo que circula nas redes sociais gerou debates sobre uma atuação de agentes da Guarda Municipal no Centro Histórico de Porto Alegre. As imagens, gravadas na última quinta-feira, mostram dois guardas pedindo que uma indígena recolhesse parte de seus produtos para a passagem de uma viatura da GM. Entretanto, a família da vendedora alega que houve intimidação por parte dos agentes e que chutes foram desferidos contra as cestas de Páscoa que eram comercializadas.

O fato aconteceu na Esquina Democrática, no cruzamento da rua dos Andradas com a avenida Borges de Medeiros. No local, além de diversas bancas montadas pelos indígenas para venda de cestas e macelas, estruturas utilizadas para a reforma do Centro Histórico dificultam a passagem de pedestres e veículos. Além disso, de acordo com a Prefeitura, nesta época do ano, a fiscalização permite que os produtos sejam expostos na calçada.

Arão da Silva é filho de Rosalina Pacífico, a indígena que foi abordada pelos agentes no vídeo. Ele conta que sua mãe foi intimidada pelos guardas. “Eles chegaram falando alto para retirar a mercadoria e, se a gente não retirasse, iam passar por cima. A minha mãe ficou nervosa com tudo isso. Eles estavam alterados e chutaram as mercadorias dela. Tentamos explicar não estávamos errados, mas sim a obra que atrapalha a passagem. Estamos aqui para tirar o sustento da nossa casa. Achei uma falta de respeito com nós, indígenas. Não existe desculpa para a violência”, apontou.

Em nota, a Guarda Municipal informou que, durante a abordagem, foi feito o pedido de retirada de parte dos materiais da expositora. “Os agentes solicitaram apenas a redução da área ocupada por um dos vendedores, que causava a obstrução da passagem de pedestres e das próprias viaturas que realizavam o patrulhamento da área. Nenhum material foi recolhido, bem como nenhum ato violento foi registrado e nenhum indígena foi intimidado no acolhimento à solicitação feita”, citou a corporação.

Correio do Povo