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Verão

Especial

Inicia julgamento de autor de execução no Aeroporto Salgado Filho

Imagens mostraram um homem de 28 anos atirando em Marlon Roldão em 2016

Julgamento do homem de 28 anos começou nesta quinta-feira na 1ª Vara do Tribunal do Júri no Foro Central de Porto Alegre | Foto: Alina Souza

O julgamento do autor de uma execução dentro do aeroporto internacional Salgado Filho, no final da manhã do dia 19 de setembro de 2016, começou nesta quinta-feira na 1ª Vara do Tribunal do Júri no Foro Central de Porto Alegre. Aguardando para agir no momento certo, o réu, de 28 anos, é acusado de assassinar o jovem Marlon Roldão, 18 anos, quando apareceu na área de alimentação do saguão do Terminal 2.

Imagens de uma câmera de monitoramento registraram o homicídio que provocou pânico em quem estava no local. A vítima, acompanhada do padrasto e de dois amigos, embarcaria em um avião com destino ao Espírito Santo, onde visitaria a avó. O rapaz foi então executado com 18 tiros pelo acusado que estava junto com um adolescente que atuou como cúmplice.

Na fuga, os dois atiradores embarcaram em um Chevrolet Cobalt que foi abandonado em seguida. O réu foi preso em outubro daquele mesmo ano na rua Dona Otília, no bairro Santa Tereza, com uma pistola calibre 9 milímetros e um colete balístico.

O júri popular é presidido pela juíza Taís Culau de Barros. Pela acusação atua a promotora de Justiça Lúcia Helena de Lima Callegari. “Esse processo tem uma prova super tranquila: as imagens mostram por si só, as digitais encontradas na bebida que o réu tinha acabado de beber, o carro abandonado com as digitais deles, na delegacia ele foi filmado confessando o crime...”, destacou.

“A grande decepção no processo é que todas as qualificadoras foram afastadas pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. O caso ficou como homicídio simples. Uma pena de menos de oito ano é regime semiaberto”, lamentou, citando como exemplo a retirada do perigo comum em um local público, recurso que dificultou a defesa da vítima que estava de costas se despedindo dos amigos e a motivação torpe. “A vítima não tinha envolvimento criminal”, destacou. “O crime foi premeditado”, frisou.

Lúcia Helena de Lima Callegari afirmou ainda que o réu responde por uma tentativa de homicídio pois outro amigo da vítima ficou ferido pelos tiros, além dos crimes de receptação de veículo e corrupção de menor. Em prol do acusado está a defensora pública Tatiana Kosby Boeira.

“Ele é réu confesso”, confirmou. “A acusação foi reduzida significativamente. Vamos discutir circunstâncias visando a redução de pena. Não há tese absolutória nesse processo”, acrescentou. Ela explicou ainda que as provas no processo não estavam fundamentadas para o acolhimento das qualificadoras.

Correio do Povo