Um áudio do ator Jeff Machado mostra uma conversa dele com Bruno Rodrigues, um dos investigados como suspeito do crime, na qual ele pede para que o suposto amigo o ajude a conseguir uma vaga em uma novela. Segundo o advogado da família de Jeff, a polícia investiga se a vítima pagou R$ 20 mil para poder conseguir a vaga.
Família entrega à polícia extratos de movimentação bancária de Jeff Machado
“Você está sendo tão especial pra mim, me ajudando, ter me indicado, entende? Pena que aconteceu isso, da pandemia, que parou tudo e tal. Mas, Bruno, não desiste de mim, cara. Me dá uma força, entendeu? Eu queria entrar logo pro meu vô me ver, sabe? E eu vejo que tá chegando a hora dele. A minha avó tem 92 anos. Só que assim, Bruno, eu queria muito trabalhar, e eu também preciso, né? Meu dinheiro já acabou, então eu realmente preciso trabalhar. Mas também porque quero me reinventar, entendeu? Você conhece a minha história, e a minha vida vai mudar, mesmo que seja alguma coisa pequena, uma oportunidade. E é o que eu quero, Bruno. Eu não vou voltar pro Sul, vou tentar até conseguir.”
Uma das hipóteses apuradas pela polícia é que o crime tenha ocorrido após um suposto golpe financeiro depois que o ator teria pagado um montante na faixa de R$ 20 mil para Bruno. A defesa de Bruno marcou, para a próxima sexta-feira (2), uma coletiva de imprensa na qual prestará esclarecimentos sobre a morte de Jeff.
A polícia suspeita da participação de pessoas próximas da vítima no assassinato, mas ainda não se manifestou sobre o caso. De acordo com o advogado da família, Jairo Magalhães, o inquérito está sob sigilo. Na segunda-feira (29), o advogado esteve na DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros) para entregar extratos de movimentações bancárias da vítima.
À Record TV Rio, Magalhães explicou que as provas colhidas pelos parentes e entregues aos investigadores visam colaborar com o inquérito que apura quem matou Jeff e escondeu seu corpo.
Também na segunda, a polícia ouviu o pedreiro que fez uma obra na casa onde o corpo do ator estava. "Não cavei nada. Só fiz o trabalho de levantar o muro e concretar o chão. Não tinha conhecimento nenhum disso. Fico chateado de ter sido envolvido por trabalhar lá e sinto pela família do rapaz", declarou o pedreiro na saída da delegacia, afirmando não ter desconfiado de nada.
R7