Bernardo Uglione Boldrini, na época com 11 anos, desapareceu em 4 de abril de 2014, em Três Passos. Seu corpo foi encontrado dez dias depois dentro de um saco plástico enterrado em uma cova vertical, em Frederico Westphalen. Respondem pela morte a madrasta Graciele Ugulini, o pai Leandro Boldrini, além de Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz.
Sucliene cita que a casa onde Bernardo morava segue sob vigília, com fotos, flores, cartazes e dizeres referentes à sua morte. Além disso, "sites e páginas em redes sociais pedem justiça para o caso e, ainda, quando os réus são levados à cidade para algum ato processual, trafega na cidade carro de som que, em alto volume, reproduz a voz do menino gritando por socorro".
Assim, na avaliação da juíza, "não há como identificar se algum dos possíveis jurados, não participou de manifestações anteriormente; não tenha se manifestado nas redes sociais sobre o fato ou que tenha algum vínculo com as pessoas ouvidas na fase inquisitorial e processual".
Além disso, a magistrada lembrou que a estrutura do Foro de Três Passos é modesta para comportar um julgamento de grande proporção. Ela citou, por exemplo, o Salão do Júri, que comporta 50 pessoas sentadas.
Correio do Povo