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Verão

Especial

Moradores da Azenha buscam alternativas de segurança no bairro

Grupo de cerca de 40 vizinhos, que se reúne em uma rede social para trocar informações, utiliza o "apitaço" contra as ameaças

Moradores da Nunes Machado chegaram a distribuir panfletos nas residências sobre o uso do apito para emergências | Foto: Mauro Schaefer

A insegurança fez com que moradores do bairro Azenha, em Porto Alegre, buscassem alternativas para se proteger durante as madrugadas. A Nunes Machado, uma rua residencial paralela com a avenida Érico Veríssimo e teoricamente tranquila, vem sendo alvo constante de criminosos desde o início de 2020. “Parece que o ano virou e as coisas começaram a se intensificar”, comentou um dos residentes da rua, que preferiu não se identificar. Segundo ele, em 15 dias, pelo menos cinco ocorrências foram registradas na área, entre arrombamentos de residências, prédios, comércios e carros.

Desde então, um grupo de pelo menos 40 vizinhos se reúne em uma rede social para trocar informações sobre movimentações suspeitas ou possíveis ameaças. E deste grupo surgiu a ideia do “apitaço”. Quando uma “ameaça” se aproxima, se algum morador consegue reparar, começa a apitar, e isso gera uma reação em cadeia: todos apitam e os bandidos fogem. Foi o que aconteceu no final de janeiro. Um dos moradores percebeu, de sua sacada, que uma dupla tentava arrombar um carro. Ele começou a apitar e dezenas de vizinhos fizeram o mesmo. O barulho assustou a dupla, que fugiu sem levar nada.

O grupo chegou a distribuir panfletos nas residências sobre o uso do apito para emergências. “Alguns comerciantes fecharam as portas por conta da insegurança também”, salientou Marileu de Souza, que mora na Nunes Machado há cinco anos e já está em choque com a situação. “O descaso é generalizado. O poder público não está nem aí para a população”, desabafou.

Uma série de fatores influenciaram o contexto atual. De acordo com Souza, a falta de poda das árvores e de manutenção dos postes de iluminação pública podem ter influenciado na insegurança. Por conta disso, eles organizaram dois abaixo-assinados. Um deles com relação à manutenção da iluminação e a instalação de novos postes.

“A falta de manutenção e iluminação deixa as ruas escuras, facilitando a criminalidade e assim colocando em risco a segurança dos moradores”, consta no texto. Outro documento é com relação à poda das árvores “que se encontram com seus galhos em volta da fiação de transmissão de energia, o que está gerando fuga de energia e elevado risco de acidentes”. “Além de prejudicar a rede elétrica, cria um ambiente escuro e perigoso”, aborda o texto.

A falta de iluminação inclusive levou diversos moradores a instalarem lâmpadas externas em suas residências, para que, pelo menos, aqueles trechos estejam iluminados. Os dois documentos devem ser encaminhados à prefeitura. Sobre o policiamento, a Brigada Militar disse que deve entrar em contato com o grupo de moradores para tratar do assunto.

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos informou que a Coordenação de Iluminação Pública vistoriou a rua Nunes Machado, no bairro Azenha, e verificou a necessidade de conserto de apenas um ponto. “No entanto, analisará ainda a viabilidade de instalação de complementação nos pontos de luz. Já a Equipe de Manejo Arbóreo fará nos próximos dias uma vistoria nesta rua para verificar as necessidades com relação à vegetação, também para melhorar a iluminação do local”.