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Motoristas do Uber teriam sido vítimas de agressão após audiência em Porto Alegre

Um condutor foi atingido por um tijolo próximo ao viaduto Abdias do Nascimento

Motoristas do Uber teriam sido vítimas de agressão após audiência em Porto Alegre | Foto: Bernardo Bercht / Especial / CP
Após o término da audiência pública que discutiu o projeto de Lei da Prefeitura de Porto Alegre que regulariza serviços de caronas pagas, como Uber, no Gigantinho, ao menos quatro motoristas que trabalham com o aplicativo teriam sido agredidos ainda na noite dessa terça-feira. Uma das agressões teria sido feita com um tijolo, que atingiu a cabeça de um dos condutores. O crime teria ocorrido próximo ao viaduto Abdias do Nascimento. 

"Nos pegaram num lugar retirado. Não tinha nada ali na volta. Graças a Deus passou uma viatura da Brigada Militar (BM) que nos prestou socorro", relatou uma das vítimas. Até o final da noite, o comandante do 1° BPM, tenente-coronel Cleber Goulart, disse não ter conhecimento sobre o ocorrido. 

Vaias, tensão no ar e pouco espaço para o diálogo conciliatório. Foi esse o clima da audiência pública que ocorreu na noite desta terça-feira para discutir o Projeto de Lei da Prefeitura de Porto Alegre que regulariza serviços de caronas pagas, como o Uber, no Gigantinho. Com forte contrariedade de taxistas e entidades ligadas a eles, o PL deve ser votado até o fim do ano pela Câmara Municipal. Os representantes do Uber salientaram a iniciativa de regulação, mas também mostraram contrariedade com algumas limitações e pediram uma "legislação inteligente" para viabilizar o serviço.

Vinte pessoas, entre manifestantes das categorias, sindicalistas, vereadores e representantes de empresa falaram tanto a favor quanto contra a regularização do serviço ao longo da noite. A tônica o tempo inteiro foi de vaias de um lado quando o representante discursava a favor do outro, enquanto estes aplaudiam. De acordo com a organização da Assembleia, 1.240 pessoas acompanharam os discursos.

O tom das falas, pelo lado dos defensores do Uber, foi o respeito ao cliente e minimizar a concorrência contra taxistas, focando nos carros particulares e um "novo modal" de transporte. Os taxistas, por sua vez, reclamam que a empresa é de fora do país e que a carona paga é, basicamente, um serviço clandestino. Como forma de protesto, muitos taxistas viravam de costas quando defensores do aplicativo se pronunciavam. Xingamentos foram ouvidos em ambos os lados das arquibancadas do Gigantinho, com o tom das manifestações pouco amistoso em vários momentos.



Correio do Povo