Além do oferecimento da denúncia por violação sexual mediante fraude, o promotor pediu a prisão preventiva do médico diante do entedimento de que ele possa voltar a praticar esse tipo de ato. "Existe o risco de que ele volte a praticar atos libidinosos dentro e fora do consultório", afirma Antunes.
De acordo com o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), a situação do cardiologista consta como "ativa". O R7 também entrou em contato com o consultório em que o médico atende, porém foi informado de que ele não iria ao local nesta quarta-feira. O advogado de defesa do médico, Émerson de Oliveira Longhi, afirmou que não irá se manifestar no momento.
"Em respeito ao meu cliente e seus familiares, em respeito às mulheres envolvidas e seus familiares, e também pelo fato de não ter sido intimado formalmente da denúncia ofertada pelo promotor substituto, sendo que apenas tive conhecimento da mesma por grupos de WhatsApp e pelas redes sociais, a Defesa nesse momento nada pode declarar, além do que o processo corre em segredo de Justiça", declarou por meio de nota.
Assédo sexual
O promotor afirma que a última denúncia já identificada é de 2008. O caso ocorreu dentro do consultório médico. O processso teve início entre os meses de julho e agosto do ano passado, quando uma vítima procurou a Delegacia da Mulher de Presidente Prudente.
Em depoimento, ela afirmou que o cardiologista tocava suas partes íntimas e esfregava os órgãos genitais em seu corpo. Segundo o promotor, outros casos semelhantes surgiram e a delegada iniciou uma investigação até chegar às 14 mulheres que concederam depoimentos.
A denúncia foi oferecida com base no último relato (entre julho e agosto) do ano passado, porém, contará com os demais relatos como testemunhas e provas no processo. "Ele agia sozinho dentro do consultório, usava a confiança estabelecida com a vítima. Ele identificava certa fragilidade nas vítimas como processos de divórcio, depressão, perda de familiares e cometia os abusos."
Segundo o promotor, muitas relataram que, no momento, de tirar a pressão ele esticava o braço da vítima e esfregava em seu órgão genital. "Muitas ficavam chocadas", diz ele. Segundo ele, há ainda o risco de as vítimas se sentirem ameaçadas pelo médico.
Caso ele seja condenado pelo crime de violação sexual mediante fraude, a pena pode chegar a seis anos de reclusão. Agora, a Delegacia da Mulher de Presidente Prudente vai instalar um inquérito para cada um dos relatos de vítimas.
R7