Segundo as investigações, em 2014, quatro pessoas teriam se associado para fraudar o concurso da prefeitura de Silveira Martins. A empresa que venceu a licitação para realização da prova teria recebido R$ 5 mil para trocar o cartão de respostas de uma das candidatas ao cargo de psicólogo. A ação teve o suporte técnico de um dono de uma outra empresa.
O MP solicitou à Justiça que os denunciados fossem proibidos de se ausentarem por mais de oito dias da região e que comparecessem ao cartório do juízo para informar e justificar bimestralmente suas atividades. Além disso, os quatro não podem participar de licitações e contratos com a administração pública Federal, Estadual ou Municipal e estão suspensos do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira.
Já entre 2013 e 2016, cinco pessoas – sendo dois deles participantes do esquema em Silveira Martins – fraudaram o concurso público da prefeitura de Pinhal Grande. O crime assemelhasse ao da cidade vizinha. O grupo recebeu R$ 5 mil para trocar os cartões resposta para a aprovação dos candidatos indicados para os cargos de auxiliar de administração, agente administrativo auxiliar e farmacêutico. O MP pediu à Justiça as mesmas medidas solicitadas em relação à fraude de Silveira Martins.
Fraudes em outras 19 cidades
A Operação Cobertura, do Ministério Público, apontou ainda fraudes em concursos públicos de outras 19 cidades. São elas: Nova Hartz, Jacuizinho, Restinga Seca, Itapuca, Bento Gonçalves, Bom Retiro do Sul, São Jorge, Encruzilhada do Sul, Passa Sete, Glorinha, Paraí, Formigueiro, Nova Palma, Agudo, André da Rocha, São Valentim do Sul, Dois Lajeados, Araricá e Campos Borges.
As denúncias são assinadas pelo promotor de Justiça Mauro Rockenbach.
Correio do Povo