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MPF pede que Carrefour adote medidas concretas de combate ao racismo institucional

Procuradores defendem criação de programas de capacitação e treinamento para seus empregados

João Alberto foi espancado até a morte no estacionamento do Carrefour, na zona Norte de Porto Alegre | Foto: Fabiano do Amaral

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal (MPF), pede que o Carrefour adote, em todo o Brasil, medidas concretas para a introdução de políticas de direitos humanos em suas atividades. A solicitação foi publicada nessa sexta-feira, em uma carta aberta.

Os procuradores defendem que a empresa crie programas de capacitação, treinamento e qualificação para seus empregados na intenção de combater o racismo institucional e estrutural, além da discriminação racial na rede de hipermercados. Na visão do MPF, a medida também precisa ser imposta aos agentes terceirizados.

A sugestão acontece após o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, espancado até a morte por seguranças brancos na saída de uma unidade do Carrefour na Zona Norte de Porto Alegre. Ainda conforme a procuradoria, a companhia precisa “evitar a repetição de violações aos direitos humanos”.

Inquérito civil foi instaurado

Ainda na sexta-feira, o Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil para apurar a fiscalização da Polícia Federal junto as empresas de segurança privada. A corporação é a responsável pela emissão do registro profissional dos vigilantes, e havia realizado em agosto uma fiscalização na companhia contratada pelo Carrefour.

De acordo com a própria PF, foram constadas ontem duas possíveis irregularidades na revisão dos documentos da empresa: um dos vigilantes não tinha o registro vinculado à companhia, e outro sequer constava no banco de dados da polícia. O MPF deu dez dias para que os envolvidos no caso apresentem os seus argumentos.

Isso inclui o Grupo Vector, empresa de segurança que atuava no Carrefour, intimado a revelar as condições de contratação dos funcionários acusados de assassinarem João Alberto; o próprio hipermercado, que terá de explicar os critérios usados na escolha da terceirizada; e a Polícia Federal, que terá de responder sobre as ações de fiscalização.

Rádio Guaíba