As ações dão sequência à primeira fase da ofensiva contra a extração irregular de palmito no litoral gaúcho. De acordo com o delegado Mauro Vasconcellos, quatro pessoas foram presas na manhã de hoje. Além disso, os policiais encontraram armas para a caça ilegal.
“Essa é a segunda fase da extração ilegal de palmito. Além da extração ilegal de palmito, descobrimos que eles também praticavam a caça ilegal de animais em uma área de preservação. Vale lembrar que o palmito é uma árvore protegida por lei”, afirmou o delegado.
Há cerca de dez dias, Ministério Público, Brigada Militar, Delegacia do Meio Ambiente da Polícia Civil, Receita Estadual, Secretaria Estadual da Saúde e agentes da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) deflagraram a primeira fase da operação, denominada Ju$$ara. As investigações dão conta que o grupo criminoso extrai o palmito da espécie Juçara, ameaçado de extinção e que é encontrado no Bioma Mata Atlântica,
Os suspeitos cortavam o palmito dentro da mata nativa e o cozinhavam na hora, em acampamentos improvisados, sob péssimas condições de higiene e, depois disso, envasam e transportam-no para fábricas clandestinas, onde recebem rótulos falsificados. A extração criminosa é feita, inclusive, dentro de Unidades de Conservação localizadas em vários municípios do Litoral Norte.
Eduardo Paganella / Rádio Guaíba