Novas hipóteses no caso do corpo esquartejado de um bebê em Cachoeirinha são apuradas pela Polícia Civil. Na manhã desta terça-feira, o titular da 2ª DP, delegado Maurício Barison Barcellos, explicou que uma delas trata da possibilidade do crime ter sido cometido em um momento de fúria sob efeito de drogas. Um exame toxicológico no corpo da criança foi solicitado ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) com o objetivo de verificar se a mãe seria usuária de drogas. Segundo ele, o DNA colhido da vítima deve ser comparado com os extraídos dos suspeitos, homem ou mulher, que forem detidos durante o trabalho investigativo visando confirmar a paternidade.
O delegado Barcellos revelou ainda que imagens de uma câmera de monitoramento mostram um vulto de uma pessoa ingressando no prédio abandonado na rua Bélgica, no bairro Marechal Rondon, onde ocorreu a descoberta macabra na sexta-feira passada. “Parece ser um homem. Ele fica 38 segundos e sai”, afirmou. O titular da 2ª DP de Canoas constatou também a falta do “tronco, das duas pernas e de um braço” na criança. O corte foi realizado por um objeto cortante, provavelmente uma faca. O sexo dela ainda permanece sendo uma incógnita.
Além da busca de imagens de câmeras de monitoramento na região, os policiais civis estão ouvindo até moradores de rua e usuários de drogas, inclusive nos bairros próximos. Postos de saúde, hospitais e clínicas foram procuradas pelos agentes que conferem as listagens de gestantes de Cachoeirinha e Gravataí. Qualquer informação pode ser repassada gratuitamente aos telefones 191 da Polícia e 181 da Secretaria da Segurança Pública do Estado, além do 3469-1359 da 2ª DP e do 3470-1122 da 1ª DP, ambos em horário comercial. O plantão 24 horas da 1ª DP atende pelo telefone 3470-6122. As informações podem ser encaminhadas mesmo sob anonimato.
Relembre o caso
Por volta das 10h30min de sexta-feira passada, os moradores da rua estranharam os latidos de cerca de dez cachorros fora do normal na rua Bélgica. Após dispersarem a pequena matilha, eles perceberam que os animais brigavam pela cabeça do bebê. Dentro do prédio abandonado foi encontrada então uma sacola e algumas partes desmembradas da criança junto com indícios de placenta e roupas ensanguentadas. Todo o material foi recolhido para exame pelo IGP. O restante do bebê ainda não foi localizada em toda a cidade.
Correio do Povo