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Especial

Operação investiga suposta prática de corrupção em secretaria do Meio Ambiente de Canela

Contratos de licenças ambientais que estão sob suspeita somam R$ 8 milhões

Houve cumprimento de 180 ordens judiciais em 17 cidades | Foto: PC / Divulgação / CP

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira a 8ª fase da operação Caritas, que investiga a suposta prática de corrupção em parte do poder público em Canela. A investigação, sob comando do delegado Vladimir Medeiros, já dura seis meses e gira em torno de supostos crimes ocorridos no âmbito da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Canela.

Contratos de licenças ambientais que somam até R$ 8 milhões estão sob suspeita, incluindo-se mais de R$ 7,3 milhões em contratos públicos somente nos últimos meses. O diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (2ª DPRI), em Gramado, delegado Heliomar Franco, confirmou que o secretário municipal do Meio Ambiente foi preso preventivamente na ação.

Houve o cumprimento simultâneo de 180 ordens judiciais, incluindo-se a prisão preventiva, além de dois afastamentos cautelares de servidores públicos pelo prazo de 120 dias e sem remuneração, quatro afastamentos cautelares de servidores públicos por 60 dias sem remuneração, 40 mandados de busca e apreensão, 111 quebras de sigilo, sete recolhimentos de veículos e uma restrição de venda a imóvel.

Estão sendo apuradas denúncias de que empresas, pertencentes ou ligadas a servidores públicos em cargos em comissão do alto escalão da pasta e seus sócios, seriam indicadas a munícipes e empresários da cidade que buscavam licenciar grandes empreendimentos em Canela.

Caso o munícipe ou empresário não contratasse a empresa ligada aos servidores tinha inviabilizada ou postergada a possibilidade de obtenção da licença ambiental pretendida. Ainda estão sob suspeitas contratos firmados pela Prefeitura Municipal de Canela com empresas ligadas aos servidores, com dispensa de licitação (inexigibilidade) na Secretaria do Meio Ambiente.

Cerca de 130 policiais civis participaram da ação realizada nas cidades de Canela, Gramado, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Taquara, Igrejinha, Guaíba, Santa Maria, Capela de Santana, Portão, Canoas, Estância Velha, Tupandi, Bom Princípio e Vale Real, bem como em Florianópolis, em Santa Catarina, e Goiânia, em Goiás.

Conforme a Polícia Civil, 27 pessoas foram alvo das medidas cumpridas nesta quinta-feira, sendo 18 pessoas físicas e nove pessoas jurídicas, mas são mais de 30 investigados somente neste inquérito policial.

O outro lado 

Em nota divulgada na tarde desta quinta, a Prefeitura de Canela informou que as ordens judiciais foram cumpridas nesta manhã. Também ressaltou que o governo "não compactua com qualquer tipo de irregularidade e está à disposição para colaborar com as investigações policiais". 

"A Prefeitura de Canela segue trabalhando em prol da comunidade e colaborando com as autoridades para o pleno esclarecimento dos fatos. É pertinente reforçar que o prefeito Constantino Orsolin não foi citado em nenhum momento na operação e não é alvo das investigações policiais, conforme afirmação do delegado responsável pela ação", disse a prefeitura.

Correio do Povo