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Especial

PF aponta vulnerabilidade de aeroportos após caso de brasileiras presas na Alemanha

Bagagens tiveram etiqueta trocada em esquema que acabou descoberto pela Polícia Federal; terceira vítima foi identificada

| Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil / CP

A superintendente da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues, em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira (10), afirmou que o caso das goianas Kátyna Baia e Jeanne Paolini, que tiveram a etiqueta das malas trocadas dentro do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, mostra uma "vulnerabilidade" nos aeroportos.

"Existe uma atuação permanente da Polícia Federal dentro dos aeroportos, mas a divisão de trabalho é muito delineada. Com certeza, esse caso emblemático nos traz uma provocação necessária de revitalização desses sistemas de segurança."

A superintendente confirmou que a PF enviou na quinta-feira (6) à Alemanha cópias das provas que integram o inquérito — vídeos, depoimento e confissões de alguns dos seis presos — para as investigações em andamento pelas autoridades alemãs.

A superintendente explicou que a PF em Goiás já havia compartilhado de forma voluntária o material probatório com a Justiça alemã, que requisitou que esse envio ocorresse dentro das formalidades da cooperação jurídica, o que envolve o encaminhamento do inquérito pelo Ministério da Justiça do Brasil à Justiça alemã. Isso foi feito na quinta-feira (6), de acordo com o delegado Bruno Gama, chefe da Delegacia de Repressão a Drogas em Goiás.

O secretário nacional Augusto de Arruda Botelho informou, na quinta, que o Ministério da Justiça e Segurança Pública realizou o compartilhamento das provas do caso com os alemães após pedido das autoridades do país europeu.

"Sobre o episódio que envolve duas brasileiras presas na Alemanha, informo que o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Justiça, recebeu hoje um pedido de compartilhamento de provas vindo das autoridades alemãs e já deu integral cumprimento a ele", afirmou o secretário nas redes sociais.

Para a PF, a documentação encaminhada prova a inocência das brasileiras. Segundo Gama, no dia anterior à viagem de Kátyna e Jeanne, outra goiana que despachou a bagagem em Goiânia, dessa vez para Paris, na França, teve a etiqueta da mala trocada pela mesma quadrilha que manipulou as malas das duas goianas.

Essa mala foi apreendida no destino, e duas pessoas foram presas. "Isso demonstra que Kátyna e Jeanne não estão envolvidas porque, no caso da França, a goiana recolheu sua bagagem logo que chegou, sem se dar conta da troca das etiquetas."

Essa mesma dinâmica poderia ter ocorrido com Kátyna e Jeanne caso as duas tivessem chegado ao destino da viagem, que era Berlim, e retirado as malas na esteira. Todavia, a polícia alemã descobriu as malas com cocaína durante uma conexão em Frankfurt, explicou a superintendente da PF, onde elas foram presas. As verdadeiras malas das duas goianas estão desaparecidas.

A GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, esclarece que o manuseio das bagagens, desde o momento do check-in até a aeronave, é de responsabilidade das empresas aéreas. A concessionária informa que contribui, quando solicitada, com informações para os órgãos policiais. Esclarece, por fim, que, quando ocorre um incidente, se reúne com as autoridades policiais para discutir melhorias nos protocolos de segurança.

Em nota, a Latam disse que acompanha o caso com a máxima prioridade e que "tem colaborado com as investigações desde que foi contatada pelas autoridades, prestando também apoio às famílias das passageiras". "A Latam reforça que nenhum dos funcionários envolvidos pertence à companhia, continuará acompanhando os desdobramentos e repudia veementemente o ocorrido."

AE