Em uma das propriedades do advogado, em Passo Fundo, num compartimento secreto, foram encontradas cabeças de leão e de tigre, além de patas de elefante, todas empalhadas. Também foram apreendidos munição de fuzil e mais de R$ 1 milhão. Conforme o delegado federal Mario Vieira, o advogado também deve ser indiciado por crime ambiental.
A investigação começou há dois anos após uma representação do Ministério Público Federal e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O presidente da seccional gaúcha da representação Marcelo Bertoluci, suspendeu preventivamente a licença do suspeito.
A Operação Carmelina, que desarticulou o esquema, tomou emprestado o nome de uma das vítimas do advogado. Ela morreu de câncer no intestino sem ter acesso ao dinheiro que ganhou depois de contratar o seu escritório. A investigação mostrou que o advogado tinha se apropriado do valor de cerca de R$ 125 mil.
Uma aeronave de propriedade de um dos envolvidos em suposto grupo criminoso - avaliada em U$ 12 milhões - também foi apreendida no aeroporto de Passo Fundo. Contatado pela reportagem, o escritório de advocacia informou que nenhum representante vai se pronunciar.
Samuel Vettori/Rádio Guaíba