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Especial

Pilotos de avião que transportavam 500 quilos de cocaína por semana ao RS são alvo de operação

Operação Arcarius mira traficantes que traziam drogas do Peru, Bolívia e Paraguai para municípios gaúchos

| Foto: Polícia Civil / CP

Aproximadamente 200 policiais civis participam da Operação Arcarius, desencadeada nesta terça-feira em combate ao tráfico internacional de drogas. A ação cumpre 39 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão preventiva em Porto Alegre, Sapucaia do Sul, Canoas, Esteio, Gravataí, São Leopoldo, Estância Velha, Novo Hamburgo e Nova Santa Rita. Os principais alvos são dois pilotos de avião que traziam entorpecentes do Paraguai ao Rio Grande do Sul.

A corporação aponta que os investigados lucravam mais de R$ 1 milhão por semana. Foram presos 13 suspeitos, incluindo um dos pilotos.

O delegado Gabriel Lourenço, titular da 2ª DP de Sapucaia do Sul, destaca que os pilotos ingressavam no estado com até 500 quilos de cocaína por semana. A droga era trazida do Peru e da Bolívia. Eles também transportavam maconha, vinda do Paraguai. 

"Eram usadas pequenas pistas espalhadas em vários municípios. Uma vez que eles pousavam, tinha início o processo de distribuição das drogas pelo RS", afirmou Gabriel Lourenço, que coordenou a ação. 

Errata: O Correio do Povo vem a público esclarecer que o Aeroclube de Eldorado do Sul não consta na investigação da Polícia Civil. Da mesma forma, nenhum funcionário da entidade é investigado. O jornal reconhece a integridade da instituição que forma aviadores há mais de 82 anos. Nos retratamos através deste pela injusta menção e reforçamos a reputação idônea da agremiação e de seus profissionais, estabelecida por mais de oito décadas.

De acordo com o delegado regional Cristiano Reschke, os responsáveis por abastecer e preparar as aeronaves também foram presos. "Prendemos pessoas que abasteciam os aviões e um suspeito responsável por adquirir veículos para os traficantes. Os investigados têm ligação com uma facção com base no Vale do Sinos", declarou. 

Reschke explica que a compra de automóveis era uma das formas utilizadas pela organização criminosa para lavar dinheiro. Os carros também eram utilizados para transportar e distribuir as drogas que chegavam através dos aviões.

O líder do esquema é um traficante conhecido como 'Puro Osso'. Ele foi preso nessa segunda-feira, em Gravatal, Santa Catarina, quando estava hospedado em um parque termal com diárias a R$ 1,2 mil. O criminoso cumpria prisão domiciliar sem tornozeleira. 

Outro investigado é Fernando Luis do Val Júnior, o 'Fernandinho'. Cumprindo pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) desde janeiro, ele é suspeito de coordenar o fornecimento de drogas por via aérea. Antes de ser preso no Rio de Janeiro, ele chegou a ser procurado pela Interpol por quase um ano. O então foragido teria passado por países como Estados Unidos e Guiana.

Marcel Horowitz