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Polícia Civil deflagra nova fase de ação contra grupo de jogos de azar em Taquara

Organização criminosa é investigada por crimes de lavagem de dinheiro e contra a ordem tributária

Máquinas caça-níqueis foram encontradas durante o cumprimento das ordens judiciais | Foto: Polícia Civil / Divulgação / CP

A segunda fase da operação Cruz de Malta foi desencadeada ao amanhecer desta terça-feira pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil na região de Taquara. O objetivo da ação, coordenada pela Divisão Estadual de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, é combater os crimes de lavagem de dinheiro e contra a ordem tributária de grupo que atua na exploração de jogos de azar há mais de 60 anos. Houve o cumprimento de 44 ordens judiciais, sendo sete mandados de busca e apreensão, 25 medidas constritivas de indisponibilidade de bens móveis e de 18 imóveis avaliados em R$ 2,5 milhões, além de 12 afastamentos de sigilos fiscais, bancários e financeiros de empresas e pessoas físicas envolvidas. Documentos, computadores, tablets, material de apostas, caça-níqueis e celulares foram recolhidos juntos com R$ 43 mil em dinheiro. Cerca de 25 agentes em 15 viaturas foram mobilizados.

Titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Lavagem de Dinheiro (DRLD), o delegado Marcus Vinicius da Silva Viafore explicou que operação é fruto de uma investigação que se estendeu por mais de um ano, sendo identificados diversos integrantes da organização criminosa que explora jogos de azar e lavava o dinheiro ilícito. Segundo ele, a maioria dos investigados ostentava poder aquisitivo e bens de luxo, totalmente incompatível com os rendimentos declarados. Citou, como exemplo, que as contas correntes do atual líder da organização apresentavam movimentação de R$ 2 milhões, sem origem lícita declarada, no ano de 2015.
Conforme o delegado Marcus Vinicius da Silva Viafore, a segunda fase da operação apurou a aquisição, por parte do grupo criminoso, de inúmeros imóveis através de empresas de fachada, sendo que uma delas sediada em um imóvel residencial. O titular da DRLD observou ainda que, no caso do crime contra a ordem tributária, um dos imóveis de um dos investigados teria sido vendido de maneira fraudulenta por uma das empresas usadas pela organização criminosa, com preço subavaliado.

A primeira etapa da Cruz de Malta ocorreu em março deste ano após seis meses de investigação. Na ocasião haviam sido cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em Taquara, Canoas e Tramandaí, além de 25 medidas constritivas de sequestro e indisponibilidade de bens móveis e imóveis estimados em R$ 6 milhões. Uma pessoa foi presa e os agentes recolheram documentos, apontamentos do jogo do bicho, cerca de R$ 77 mil em dinheiro, máquinas caça-níqueis, ceduleiras e munições na época. “As duas fases da operação resultaram, até o momento, na constrição de mais de R$ 8,5 milhões da organização criminosa”, calculou o delegado Marcus Vinicius da Silva Viafore.

Correio do Povo