A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira a Operação Achaque, para desmontar um esquema de extorsões em série feitas contra um empresário em Canoas, na região Metropolitana. Os alvos são dois ex-servidores da administração municipal. Nenhum dos investigados permanece na gestão.
Cinco pessoas foram presas. Além disso, foram apreendidos celulares, anotações, documentos e extratos bancários.
As investigações tiveram início após o proprietário de uma casa noturna denunciar que era extorquido por um então funcionário da Secretaria de Segurança de Canoas. A prática ilícita ocorreu entre março e outubro do ano passado. A vítima relatou que o servidor exigia pagamentos semanais para liberar o funcionamento da boate.
Segundo a delegada Luciane Bertoletti, que comandou a investigação, foram encontrados indícios de um esquema liderado pelo agente público e um comparsa, que também exercia atividades na mesma secretaria. A vítima pagou mais de R$ 35 mil.
“O objetivo era angariar lucros ilícitos, exigindo valores em dinheiro do proprietário da casa noturna para manter seu estabelecimento em funcionamento”, afirmou a delegada.
Ainda segundo Luciane, os servidores forneciam informações privilegiadas em troca do pagamento. Eram informados ao dono da casa noturna, de forma prévia, os horários, locais e objetivos das operações de fiscalização. Da mesma forma, denúncias contra o empresário eram ignoradas.
Após a exoneração dos servidores, em dezembro de 2022 e em maio deste ano, o proprietário do estabelecimento passou a ser autuado por não cumprir as normas da fiscalização.
Marcel Horowitz