A Polícia Civil vai pedir à Justiça a prisão preventiva dos três policiais militares suspeitos de envolvimento na morte de Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, em São Gabriel. A corporação concedeu coletiva de imprensa sobre o caso, na tarde desta segunda-feira.
Conforme o delegado regional de São Gabriel, Luis Eduardo Sandim Benites, a linha de investigação é a de homicídio doloso (com intenção). Questionado sobre a hipótese de dolo direto ou eventual (quando se assume o risco de matar), o policial preferiu não entrar em detalhes para não interferir no curso da investigação.
Caso a Justiça aceite o pedido da Polícia Civil, os policiais militares vão permanecer no presídio militar em Porto Alegre. O delegado responsável pela investigação deve vir à capital gaúcha para coletar o depoimento dos três PMs. A qualificação de ocultação de cadáver também vai ser detalhada no andamento das investigações.
Além disso, se a Justiça aceitar os pedidos de prisão, a Polícia Civil vai ter prazo de 10 dias para concluir as investigações. Em caso contrário, o inquérito deve ser finalizado em até 30 dias.
Sandim ainda destacou que aguarda, ainda, o laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) e da viatura dos policiais militares para constatar se houve agressão contra Gabriel. Também devem ser periciados os telefones celulares de Gabriel e da filha da mulher que acionou a Brigada Militar.
Os três policiais militares suspeitos de estarem envolvidos na morte de Gabriel Cavalheiro, de 18 anos, foram transferidos para o presídio militar, na capital, durante o fim de semana, após audiência de custódia em Santa Maria. Os PMs em questão, um sargento e dois soldados, tinham 16 anos, 15 anos e 6 anos de serviços da corporação, respectivamente.
Gabriel teve o corpo encontrado em um açude, na localidade de Lava Pés, na última sexta-feira, depois de uma semana de buscas. O sepultamento ocorreu nesse domingo, em São Gabriel
Everton Calbar / Rádio Guaíba