Um ex-jogador de futebol profissional, de 28 anos, com atuação em vários clubes gaúchos da Série A, foi preso sob acusação de tráfico de drogas pela 1ª DP de Sapucaia do Sul. A ação, coordenada pelo delegado Gabriel Borges, ocorreu entre a noite de terça e madrugada desta quarta-feira em Esteio.
Houve a apreensão de cerca de um quilo de cocaína pura, embalada em peça única e pronta para ser comercializada. O entorpecente foi avaliado em torno de R$ 26 mil. A droga estava oculta em um compartimento adaptado no painel de um Fiat Palio, com acesso no espaço onde fica o aparelho de som automotivo. Dois telefones celulares foram também recolhidos.
As investigações duraram aproximadamente dois meses. Conforme os policiais civis, a droga era oriunda de cidades localizadas na região do Vale do Rio dos Sinos. O ex-jogador de futebol estaria envolvido em um esquema de tele entrega de entorpecentes.
Os agentes receberam a informação de que um homem estaria levando os pedidos com um veículo em Canoas, Esteio e Sapucaia do Sul. O suspeito trabalharia para traficantes locais que repassavam as encomendas dos usuários para ele.
Durante o monitoramento, a equipe da 1ª DP de Sapucaia do Sul localizou o carro em Esteio, sendo efetuado o flagrante. Foi possível constatar um compartimento secreto localizado atrás do painel, com entrada por dentro do aparelho de rádio, adaptado e típico para transporte de entorpecentes.
No momento em que foi abordado, o ex-atleta admitiu o crime e justificou que apenas começou a efetuar as entregas de drogas porque teve que interromper a carreira em razão de uma série de lesões físicas. Ele ainda não tinha antecedentes criminais.
O delegado Gabriel Borges destacou que “é uma prática comum no tráfico de entorpecentes a utilização de pessoas sem antecedentes criminais para efetuar o transporte de quantidade considerável de drogas”.
Já o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana – (2ªDPRM), delegado Mario Souza, ressaltou que “chama atenção a capacidade do tráfico de drogas em angariar pessoas sem conexão com o crime pela possibilidade de obtenção de lucro fácil”. Ele garantiu que o trabalho investigativo prossegue para identificar e responsabilizar os demais envolvidos.
Correio do Povo