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Especial

Polícia fecha três casas de jogos de azar em operação contra organização criminosa em Porto Alegre

Ofensiva chamada de Nero bloqueou judicialmente mais de R$ 11 milhões entre imóveis e veículos

Casas de jogos de azar foram fechadas em Porto Alegre | Foto: Polícia Civil / Divulgação / CP

A operação Nero, que combateu uma organização criminosa envolvida na exploração de jogos de azar em Porto Alegre, fechou nesta terça-feira três estabelecimentos que eram mantidos pelo grupo na Capital. Dois locais ficavam na avenida dos Andradas, no Centro, e um na avenida Princesa Isabel, no bairro Azenha. Um quarto local havia sido recentemente lacrado na rua Ramiro Barcelos.  

O titular da Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro, delegado Filipe Bringhenti, destacou que o principal objetivo da ofensiva de hoje era descapitalizar de "forma cautelar" a quadrilha, considerada uma das mais ricas na exploração de jogos de azar. “Já conseguimos um bom congelamento patrimonial”, lembrou ao falar sobre o bloqueio judicial de mais de R$ 11 milhões incluindo aproximadamente R$ 9,5 milhões em imóveis e em torno de R$ 1,5 milhão em veículos, já sequestrados por via judicial. Documentos, ceduleiras, dinheiro, armas e computadores foram recolhidos e serão analisados para a produção de provas. 

Bringhenti calculou que 55 pessoas físicas e jurídicas são investigadas e tiveram os sigilos bancários quebrados judicialmente. “Temos um núcleo financeiro que explora o jogo e lava o dinheiro”, sintetizou. Além de Porto Alegre, os policiais civis atuaram em Sapucaia do Sul, na região Metropolitana, e em Xangri-lá, no Litoral Norte. 

Investigações começam em 2018

As investigações começaram há um ano e, durante as apurações, os policiais civis descobriram que até um assassinato ocorrido em 2014 teria sido a razão de desavenças entre os sócios da jogatina. Bringhenti explicou ainda que a organização era comandada por três indivíduos com os respectivos familiares, que contavam com a ajuda de operadores e "laranjas". O grupo possuía inclusive assessorias jurídica e contábil que, juntamente com comerciantes, também estão na mira do trabalho investigativo porque teriam agido na tentativa de "esquentar o dinheiro". 

Conforme Bringhenti, uma das famílias estaria no ramo dos jogos de azar há pelo menos uma década. O delegado relatou que a prisão dos envolvidos no futuro dependerá da necessidade. “Nesse momento buscamos bloquear os bens para que, confirmando nossas suspeitas no final da fase processual, tenham o patrimônio eventualmente perdido e alienado”, concluiu.

Correio do Povo