A Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil encaminhou para a Justiça, na manhã desta quarta-feira, o inquérito da Operação Conselheiro sobre a organização de narcotráfico que atuava nos bairros Belém Novo e Belém Velho, em Porto Alegre. “São 18 pessoas indiciadas”, contabilizou o delegado Arthur Raldi.
A investigação começou em janeiro deste ano, sendo que as últimas prisões ocorreram no dia 13 desse mês. “O objetivo foi localizar um dos traficantes mais procurados do Estado”, acrescentou, referindo-se à prisão do chefe da quadrilha, que tem extensa ficha de antecedentes criminais. O traficante foi capturado em maio em um sítio na localidade de Águas Claras, na zona rural de Viamão.
Foragido desde 2012, o traficante tinha sete mandados de prisões dos quais seis por acusação de homicídios e um decorrente de sentença penal condenatória definitiva com pena de 15 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão. No sítio foram apreendidos na ocasião duas pistolas calibres 9 milímetros, um revólver calibre 38 com numeração raspada, cinco carregadores sendo dois com prolongadores, 147 cartuchos de munição e contrabando de cigarros contrabandeados. Um irmão do líder e um cúmplice foram detidos juntos.
A ação da Delegacia de Capturas, há duas semanas, resultou em sete criminosos presos. Outros quatro já haviam sido detidos desde o início da investigação. Houve a apreensão de cerca de R$ 18 mil em dinheiro, duas espingardas calibres 22 e 38, uma pistola calibre 380, maconha, cocaína e crack. Um Citroën C4 Pallas também foi recolhido.
A operação Conselheiro mobilizou cerca de 60 agentes que cumpriram 12 mandados de prisões e outros 11 mandados de busca e apreensão na Capital, Viamão e São Leopoldo.
O líder encontra-se recolhido na Cadeia de Pública de Porto Alegre (Presídio Central). Ao longo do trabalho investigativo foram identificados sete gerentes que administravam o tráfico de drogas nos bairros Belém Novo e Belém Velho, recebendo ordens do chefe de dentro da cela. “Identificamos toda a organização criminosa e as funções das 18 pessoas” resumiu o delegado Arthur Raldi.
Correio do Povo