As duas jovens detidas, de 20 e 17 anos, prestaram depoimento hoje e confessaram terem tentado realizar a prova com identidades falsas para uma candidata de Aparecida (PR) e outra do interior de São Paulo. A dupla, no entanto, alega não conhecer quem contratou-as. "As duas garantem que um homem desconhecido, morador de um local não revelado, ligou e ofereceu valores para que o serviço fosse executado", disse o delegado Sandro Bandeiras.
Quando foram detidas, elas afirmaram à polícia que receberiam R$ 5 mil e R$ 10 mil para fazer a prova e que faziam parte de um "esquema" maior. A jovem de 20 anos foi solta por uma decisão judicial e a adolescente foi liberada. Segundo a polícia, as duas e os outros cinco suspeitos investigados usaram telefones celulares e trocaram mensagens. Contudo, ainda não há confirmação de que os suspeitos tenham acessado respostas das provas antes do vestibular iniciar.
A polícia tenta localizar os novos suspeitos. De acordo com Bandeiras, parte dos envolvidos deverá ser ouvida através de cartas precatórias. "Acredito que seja uma quadrilha com ramificações em vários Estados, o que dificulta nosso trabalho. Pediremos ajuda a autoridades de outros Estados", explicou o delegado.
Estêvão Pires / Rádio Guaíba