Conforme a DRCP, a organização criminosa investigada instalou programas de espionagem nos computadores da empresa de telecomunicações. Com acesso remoto, todos os dados dos clientes foram obtidos e repassados sobretudo para os call centers que depois contatavam as pessoas para comercializar pacotes de televisão a cabo, internet e de telefonia fixa ou móvel, inclusive de companhias concorrentes do setor. Não é descartado que os dados também estavam sendo vendidos para outras pessoas físicas e jurídicas, como financeiras.
Para instalar os programas espiões de modo ilegal, a quadrilha contava com a atuação dos chamados
As investigações começaram logo após a operação Spy 1, deflagrada em dezembro de 2014 quando surgiram indícios. Alguns dos investigados na época estão entre os atuais envolvidos. A empresa de telecomunicações colaborou com a DRCP.
Após cerca de um ano de trabalho investigativo, a DRCP desencadeou ao amanhecer desta quarta a operação Spy II. Em torno de 70 policiais civis cumpriram 22 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do sul e Santa Catarina, onde a quadrilha atuava. No RS foram dez em Porto Alegre e um em Cachoeirinha.
Já em SC foram dez mandados judiciais em São José e um em Araranguá. Documentos, computadores, pendrives, tablets e celulares foram apreendidos em 11 call centers e empresas de fachada, um escritório de contabilidade e residência de 20 investigados. Todo o material recolhido será agora periciado.
Correio do Povo