De acordo com o tribunal, Ramos está reunido com autoridades estaduais para definir como fica o governo do Amapá a partir de agora. O governador em exercício foi o primeiro presidente do TJ-AP.
Com o afastamento do governador, o presidente da Assembleia Legislativa do estado, Jorge Amanájas (PSDB), seria o primeiro na linha sucessória. Mas ele não pôde assumir pois se desincompatibilizou do cargo para disputar a eleição ao governo estadual. Ele é uma das 87 pessoas contra as quais foram expedidos pela Justiça mandados de condução coercitiva para dar explicações à Polícia Federal.
A Operação Mãos Limpas desarticulou uma organização criminosa composta por servidores públicos, agentes políticos e empresários, que desviava recursos públicos do estado do Amapá e da União. Além da PF, a Receita Federal, a Controladoria-Geral da União, o Banco Central e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acompanham a operação.
Neste sábado, às 9h45min, o presidente do TJ-AP e o governador em exercício receberão a imprensa na sala de reuniões da Presidência do tribunal, para uma entrevista coletiva.
Procuradoria-Geral da República
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou hoje, por meio de nota, que acompanha, desde abril, a operação que culminou na prisão de 18 pessoas. As informações foram enviadas à PGR pela Justiça Federal no Amapá porque algumas pessoas envolvidas no esquema têm foro privilegiado.
A PGR afirma que o Ministério Público Federal posicionou-se favoravelmente “à prisão temporária de 18 pessoas, condução coercitiva de mais de 80 pessoas e busca e apreensão de documentos”. A entidade diz também que a prisão temporária de cinco dias “é imprescindível para evitar possível influência ou coerção de testemunhas e destruição de provas”.
Agência Brasil