"Tem que apurar bem a circunstância específica. O mundo do crime é ousado. É cada vez mais agressivo", disse o secretário nesta sexta-feira, durante a divulgação do balanço parcial da 3ª Operação Fronteira Sul, ocorrida na sede do Comando Militar do Sul.
• Assassinado por engano, paciente deveria ter saído na quinta do Hospital Centenário
Na quinta-feira, o Hospital Centenário solicitou que a BM reforçasse o efetivo no local, já que um dos pacientes estaria recebendo ameaças de morte. O homem havia sido alvo de uma tentativa de homicídio na quarta-feira, o que o levou ao hospital. Ele foi atingido por um tiro no tórax.
De acordo com o comandante do 25º BPM, Carlos Daniel Coelho, a BM foi à casa de saúde na tarde de ontem e conversou com o paciente, que teria negado que estava sendo ameaçado de morte. "Mesmo assim, fizemos rondas durante a noite. E assim permanecemos durante a madrugada. E quando saímos do hospital, meliantes entraram e acabaram vitimando outro paciente", explicou.
• Desde 2014, 11 pacientes foram executados dentro de hospitais gaúchos
O subcomandante geral da Brigada Militar, coronel Eduardo Biacchi Rodrigues, defendeu a posição do comandante e explicou que decisões como essa são difíceis. Segundo ele, no caso de São Leopoldo, duas viaturas fazem o policiamento de 100 mil pessoas e tirando um dos veículos da rua, milhares de moradores estariam desprotegidos.
“Uma pessoa que não está presa não tem previsão de custódia”, destacou Biacchi, ressaltando que o alvo dos criminosos havia sido libertado do sistema prisional na metade de outubro. Ele explicou ainda que, caso houvesse custódia, o policial estaria no mesmo quarto que o homem que seria o alvo dos criminosos e não no primeiro andar, onde o crime foi cometido.
Correio do Povo