O segundo dia de julgamento da ex-deputada federal Flordelis começou com atraso nesta terça-feira. O motivo foi que a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) não levou um dos réus, filho afetivo da ex-deputada, André Luiz de Oliveira, já que ele não estava listado na pauta. A pasta informou que vai apurar o atraso.
Thiago Vaz de Souza, policial que atuou na equipe de Allan Duarte, foi o primeiro a depor nesta manhã. Segundo ele, Anderson pode ter descoberto o plano para matá-lo por meio de um sistema de compartilhamento por nuvem dos celulares da família.
Ele também falou que devido ao número de pessoas na casa, a família era dividida em duas “facções”, uma que ajudava nos planos do crime e outra que denunciou a armação do assassinato. Vaz também falou que em nenhum momento, durante as investigações, Flordelis alegou que Anderson abusasse dela e sempre reafirmava o amor dela pela vítima.
Ontem, a defesa da ex-deputada divulgou um vídeo em que Flordelis narra agressões e abusos praticados por Anderson. Nas imagens, ela chora e diz que o pastor batia nela e já a havia sufocado com um travesseiro.
Além de Flordelis, a filha biológica da ex-parlamentar, Simone dos Santos Rodrigues, a neta, Rayane dos Santos Oliveira, e os filhos afetivos André Luiz de Oliveira e Marzy Teixeira da Silva estão no banco dos réus. Ontem, a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce ouviu dois delegados que participaram das investigações do caso: Barbara Lomba e Allan Duarte.
Ao deixar o tribunal, Duarte disse, em entrevista à Record TV Rio, que o crime foi premeditado e teve motivação financeira. O delegado afirmou que as investigações mostraram que, antes de ser executado, Anderson foi alvo de tentativas de assassinato por envenenamento e ação de pistoleiro.
R7