A Polícia Rodoviária Federal acabou com um racha de motocicletas que estava programado para ocorrer na madrugada desta sexta-feira nas estradas da Região Metropolitana de Porto Alegre. Seis pessoas foram presas e cerca de 70 de motos foram apreendidas, sendo que uma estava inclusive roubada. Conforme a PRF, dezenas de motociclistas efetuam manobras perigosas e rachas, além de debocharem quando cruzam pelas viaturas policiais, durante estes eventos clandestinos.
Após diversas reclamações através do telefone 191, o serviço de inteligência da PRF passou a monitorar um grupo de motociclistas que promovia semanalmente os eventos clandestinos. Os trajetos incluíam as BR 448, BR 116 e BR 290. Durante as noites das quintas-feiras, as motos circulavam em grandes comboios, o que causava risco ao trânsito.
Os condutores exibiam manobras perigosas e faziam rachas. Antes e depois dos eventos, os participantes se reuniam em postos de combustíveis causando aglomerações, ingerindo bebidas alcoólicas e perturbando o sossego. Tudo era filmado e postado nas redes sociais.
Operação
No início da madrugada desta sexta-feira, a PRF montou então uma operação com apoio da Brigada Militar, mas os motociclistas não vieram para a rodovia. Eles se concentraram na avenida Assis Brasil, na Zona Norte de Porto Alegre, perto da saída da cidade. A concentração dos jovens ocorreu através de um chamado pelas redes sociais, com um vídeo debochando dos policiais. O efetivo da BM compareceu no local, encerrou o evento e recolheu em torno de 50 de motocicletas e deteve duas pessoas.
Quem fugiu para a freeway foi surpreendido pelas saídas bloqueadas pela PRF para interceptar os fugitivos. Diversas infrações foram constatadas, como falta de habilitação, de licenciamento e de equipamentos, além de placas encobertas. Houve 20 motos recolhidas e quatro detenções pela PRF. Mais de 20 multas foram aplicadas.
Durante a abordagem, vários motoqueiros tentaram fugir pela contramão, sendo perseguidos e interceptados. Outros participantes do evento clandestino conseguiram escapar, mas foram identificados e serão também responsabilizados.
Correio do Povo