Sete pessoas foram presas nesta terça-feira em uma operação que combateu o tráfico de drogas sintéticas e de anabolizantes em Porto Alegre e em cidades da região Metropolitana e no litoral. Entre os detidos está um instrutor de academia, de 38 anos. Ele seria o comandante do esquema que comercializava as substâncias através de um aplicativo, além de academias e em eventos noturnos. A ofensiva, chamada de Dopping, cumpriu mandados na Capital gaúcha, em Canoas, Gravataí, Eldorado do Sul e Arroio do Sal.
Durante a operação, que esteve nos bairros Belém Velho, Sarandi, Rubem Berta, Teresópolis e Humaitá, situados em Porto Alegre, houve a apreensão de cerca de R$ 10 mil em dinheiro, dezenas de substâncias ilegais sintéticas e convencionais, além de seringas, ampolas, balanças, celulares, dinheiro, máquina de cartão de crédito e jaleco, entre outros objetos.
Alguns dos 29 mandados foram cumpridos em Canoas, nos bairros São José, Estância Velha, Niterói e Marechal Rondon. Já em Eldorado do Sul, os policiais estiveram no bairro Residencial, enquanto em Gravataí as ordens judiciais foram cumpridas no bairro Santa Fé. A Polícia Civil ainda atuou no Centro de Arroio do Sal.
Investigação de um ano e meio
A investigação durou um ano e meio. A equipe da 2ª DP de Canoas apurou que a organização criminosa vendia as drogas sintéticas e anabolizantes com preços entre R$ 80 e R$ 300, com destaque para testosterona, estanozolol e oximetolona. Os policiais civis suspeitam que o produto final era produzido pela própria quadrilha a partir de insumos vindos de São Paulo e de outros países.
Para a titular da 2ª DP de Canoas, delegada Miriam Luciana Elias Thomé, as pessoas precisam “entender que mesmo a venda e o uso desses anabolizantes é crime, principalmente por se tratarem de substâncias que impactam de forma negativa a saúde pública”. Já o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, delegado Mario Souza, lembrou que “o enfrentamento ao tráfico de drogas sintéticas é necessário pela forma ampla e diferenciada que a droga atinge a sociedade”.
Correio do Povo