A direção da Ugeirm Sindicato confirmou que uma nova reunião na próxima semana, cuja data ainda não foi marcada, será realizada com o governo estadual para discutir as medidas do pacote que afetam a categoria dos policiais civis. Na quarta-feira, ocorreu um primeiro encontro com o vice-governador e secretário estadual da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, durante o primeiro dia de paralisação dos agentes em todo o Rio Grande do Sul. O presidente da entidade, Isaac Ortiz, explicou que foi apresentada pelo Executivo uma proposta de manter a paridade e integralidade para quem ingressou na corporação até 2015.
“Reconhecemos que houve um avanço, mas tem que ser para todos os policiais civis”, declarou na manhã desta quinta-feira, segundo e último dia da paralisação. Em Porto Alegre, um acampamento da entidade foi montado na calçada do Palácio da Polícia, no cruzamento das avenidas João Pessoa e Ipiranga.
Ortiz lembrou que os brigadianos estão contemplados com o que foi acertado para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários federais na reforma previdenciária. O presidente da Ugeirm Sindicato quer o mesmo tratamento aos policiais civis. Outras revindicações da categoria, envolvendo aumento da alíquota previdenciária, plano de saúde e dependentes, data das promoções, invalidez permanente, devem ser tratadas na próxima reunião com o governo.
Sobre a paralisação de dois dias, o dirigente avaliou como “muito forte”, com delegacias fechadas e atendimento apenas de casos graves. No início da tarde desta quinta-feira, os policiais civis devem participar da caminhada de todo o funcionalismo público estadual contra o pacote do governo que culminará em frente ao Palácio Piratini, no Centro de Porto Alegre. Conforme o andamento da negociação, a Ugeirm Sindicato não descarta a deflagração de uma “operação padrão”, cuja proposta será discutida com a categoria.
Correio do Povo