Na rápida fala inicial, Aécio disse que está firmando um pacto, por mais paradoxal que possa ser, de uma oposição "vitoriosa". Ele afirmou que é preciso dar uma contribuição para a política, a ética e o atual momento é desafiador para todos os brasileiros.
O tucano conclamou os presentes a assistir ao discurso que fará no plenário do Senado a partir das 15h, no qual deve apresentar as linhas mestras da sua atuação no Legislativo durante os próximos quatro anos. "Quis que esse pronunciamento fosse precedido deste encontro, entre companheiros e companheiras de vários partidos políticos que acreditaram e que continuam acreditando em um Brasil mais justo e mais verdadeiro", afirmou.
Embora tenha elegido cinco governadores do PSDB, apenas dois compareceram ao ato: o do Mato Grosso do Sul, deputado Reinaldo Azambuja, e o do Pará, Simão Jatene, que chegou atrasado à solenidade. Também está presente o candidato derrotado pelo PSC a presidente, Pastor Everaldo.
Em seguida, a senadora Ana Amélia Lemos (PP), candidata derrotada ao governo do Rio Grande do Sul, defendeu a escolha de apoiar Aécio Neves, considerando-a a "melhor decisão política" da vida dela. Destacou o senador como um líder e estadista. "Ele é daquela genética que todos conhecemos, que é do Tancredo Neves", disse ela. Nacionalmente, o PP apoiou a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
A senadora gaúcha afirmou ainda que a campanha eleitoral deste ano foi "suja, sórdida e criminosamente caluniosa". E resgatou a fala do ex-presidenciável do PSB Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em agosto: "Não vamos desistir do Brasil".
O presidente do PPS, deputado reeleito Roberto Freire (SP), afirmou que o ato é importante para dar "voz a uma indignação que as ruas começam a também expressar". O deputado, contudo, defendeu que as manifestações sejam democráticas.
"Precisamos não nos render a uma indignação que perca a dimensão da luta democrática. Precisamos ser firmes para derrotar o governo petista na luta democrática. Não pensem eles que vão nos colocar em qualquer desvio da luta democrática, porque temos história nela", disse Freire.
O presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), defendeu a decisão do coordenador-jurídico da campanha de Aécio, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), de entrar com pedido na Justiça Eleitoral para fazer uma auditoria especial das eleições. O pedido foi rejeitado nessa terça-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que permitiu, contudo, que o PSDB tenha acesso aos documentos da votação. "Na rua as pessoas estão dizendo que foi roubado mesmo. Então Carlos Sampaio, parabéns, porque você representou a maioria do povo brasileiro", afirmou.
AE