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Verão

Especial

Aos 100 dias de gestão, Lula anuncia "novo PAC" e volta a criticar taxa de juros

Presidente enumerou seis áreas prioritárias e disse que obras servirão para acelerar a economia e a geração de empregos no país

| Foto: EVARISTO SA / AFP

Em balanço de 100 dias de gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta segunda-feira (10), que o governo vai anunciar até o início de maio um pacote de obras para acelerar o crescimento econômico e a geração de empregos no país e voltou a criticar a taxa de juros, atualmente em 13,75%.

Segundo Lula, o governo vai investir em seis temas prioritários. "As áreas definidas como prioritárias para investimentos pelo governo são transporte, infraestrutura social, inclusão digital e conectividade, infraestrutura urbana, água para todos e transição energética," enumerou o petista.

"Meu otimismo não é exagerado. Eu se não acredito em uma coisa, não faço. Eu digo sempre que a gente tem que levantar todo santo dia, mesmo quando a gente tiver mal-humorado, e eu acordo muitas vezes mal-humorado, nós precisamos ter consciência de que quando assumimos a responsabilidade de governar, a gente não pode acordar pessimista nunca", afirmou Lula.

De acordo com o presidente, o governo retomou a capacidade de planejamento de longo prazo, "traduzido como um grande programa que traz de volta o papel do setor público como indutor dos investimentos estratégicos em infraestrutura". 

Lula prometeu uma lista de empreendimentos até o próximo mês. "Até o início de maio anunciaremos a lista definitiva de empreendimentos e investimetos e os mecanismos de financiamento (que vão fazer) com que eles saiam rapidamente do papel e gerem os milhões de empregos que todos nós sonhamos que vai acontecer nesse país", garantiu. 

Taxa de juros

Em sua fala durante cerimônia realizada no Palácio do Planalto, Lula voltou a criticar a taxa de juros, sem citar o nome do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e defendeu a proposta de novas regras fiscais propostas para substituir o teto de gastos, elogiando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a equipe econômica.

"Eu tenho certeza de que vai ser um sucesso, tenho certeza de que vai ser aprovado e tenho certeza de que a gente vai colher os frutos que forma plantados na nossa proposta", disse. "Tenho certeza, embora eu continue achando que 13,75% é muito alta a taxa de juros, continuo achando que estão brincando com o nosso país, brincando com o povo pobre e sobretudo com os empresários que querem investir. Só não vê quem não quer", completou.

Ainda no evento, Lula criticou as previsões pessimistas. "Ninguém acredita num governo que levanta todo dia com 'o pib não vai crescer', 'que a economia não está muito boa', 'que o FMI disse tal coisa', 'que o Banco Mundial disse tal coisa', 'que o mercado financeiro disse tal coisa'. Se a gente for governar pensando nisso é melhor desistir. É importante que essa gente fale para a gente fazer diferente do que eles querem que a gente faça".

O presidente da República ainda defendeu a reforma tributária. "Tem pessoas que não precisam tanto do governo. É só a gente fazer a reforma tributária, justa para a classe média, porque eles precisam pouco da gente. Os mais ricos não precisam. Os muito ricos às vezes precisam porque sonegam ou às vezes não pagam o imposto necessário ou às vezes querem muito dinheiro emprestado".

Programas sociais e embates com o Banco Central

Em pouco mais de três meses de governo, Lula repetiu políticas que marcaram as primeiras passagens dele pelo Palácio do Planalto, como o fortalecimento de programas sociais para a população mais desassistida, e travou embates com o Banco Central em busca de um cenário favorável para o crescimento dos gastos públicos.

Nos dois primeiros meses do ano, o índice de desocupação aumentou, e hoje o país tem ao menos 9,2 milhões de desempregados. Além disso, em fevereiro, o país gerou 241.785 empregos com carteira assinada, o mais baixo número para o mês desde 2020.

A preocupação do governo é com o crescimento do PIB neste ano. No momento, a previsão é de alta de 1,61%, número inferior ao resultado da economia em 2022, quando o PIB avançou 2,9%. Segundo a gestão de Lula, o atual patamar de 13,75% da Selic, a taxa básica de juros da economia, impossibilita um crescimento maior. O Executivo pressiona o Banco Central a reduzir o índice, mas a entidade espera um cenário fiscal mais seguro para promover cortes.

 

 

 

R7