"Quem procura acha! Que os assassinos da vereadora do Psol sejam tratados com dignidade e respeito!", diz um deles. "Acho que os assassinos merecem uma segunda, e até terceira chance!", zomba outro.
"Que o Psol pare de passar a mão na cabeça de marginal", afirma outro. "O Psol só está colhendo o que planta todos os dias", ataca mais um. Em outros comentários, usuários alegam que Marielle e seus pares não pediam justiça para a morte de policiais - ano passado, foram mais de 130 - e agem com "dois pesos e duas medidas".
Os ataques são tantos que superam, em número, as mensagens de solidariedade pela perda da parlamentar. Marielle tinha 38 anos e foi a quinta vereadora mais votada do Rio; seu assassinato, uma provável execução, segundo a polícia, vem motivando manifestações públicas, nas redes sociais e também no exterior.
O Psol tem entre suas principais bandeiras a defesa dos direitos dos trabalhadores e direitos humanos básicos, em especial de mulheres, negros e população LGBT. Nascida no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, Marielle concentrava sua atuação na defesa das populações marginalizadas. A reportagem entrou em contato com parlamentares do Psol e lideranças do partido no município e no Estado nesta sexta-feira, para falar sobre os ataques recebidos, mas não conseguiu contato. O espaço está aberto para manifestações.
AE