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Após criticar ação na Cracolândia, secretária de Direitos Humanos deixa pasta

Patrícia Bezerra disse que problema complexo não se resolve de maneira violenta

Após criticar ação na Cracolândia, secretária de Direitos Humanos deixa a pasta | Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil / CP
A gestão João Doria (PSDB) teve a sua segunda baixa após a secretária municipal dos Direitos Humanos e Cidadania, Patrícia Bezerra (PSDB), deixar o cargo nesta quarta-feira. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da pasta e pelo marido de Patrícia, o deputado Carlos Bezerra Jr. (PSDB), que declarou no Twitter que a esposa deixou a função na Prefeitura de São Paulo "mantendo seus valores intactos".

Em reunião realizada nesta quarta-feira na sede da pasta, a secretária criticou a ação policial realizada na Cracolândia no domingo. "Não concordo com o que foi feito no domingo, não concordo com ação que foi feita no domingo, foi desastrosa a ação no domingo. Nós não temos como partilhar disso sendo quem somos, Secretaria de Direitos Humanos", afirmou.

"Na reunião que eu tive com vocês aqui (do movimento A Craco Resiste), eu disse assim: se for um dia para optar por um lado, governo ou minoria, nós temos o nosso lado já escolhido", disse em vídeo divulgado pelo A Craco Resiste. Nas eleições de 2016, Patrícia foi reeleita para o cargo de vereadora, para o qual poderá voltar agora que deixou a pasta.

No vídeo, Patrícia manifesta receio sobre quem a substituirá no cargo. "Eu, saindo daqui, tenho muito receio de quem vai sentar com a mesma responsabilidade, com o mesmo ardor, com a mesma vocação que eu tenho por estar sentada hoje aqui. Então, isso me preocupa sim, mas, se o meu pescoço estiver à prêmio por eu escolher um lado, está à prêmio, e eu
não tenho nenhum problema com isso. Estou incomodada tanto quanto vocês: também acho injusto. Problema complexo não se resolve dessa maneira", argumentou.

Segunda baixa

No dia 17 de abril, a vereadora Soninha Francine (PPS) foi demitida do cargo de secretária municipal de Assistência Social, que hoje é ocupado por Filipe Sabará, antes secretário adjunto da pasta. Em vídeo divulgado em sua página no Facebook, Doria afirmou que a pasta exigiria "demandas" que não estavam dentro de "espírito" de Soninha - que na gravação ao lado do prefeito aparecia visivelmente constrangida.

Em fevereiro, ela chegou a criticar outra ação da Polícia Militar na Cracolândia, que havia terminado em conflito com policiais, dependentes químicos e profissionais de imprensa feridos. Em seu perfil pessoal no Facebook, a vereadora dava as boas-vindas à Patrícia na Câmara de Vereadores.

"A secretária de Direitos Humanos participou aguerridamente da construção de um projeto consistente para as cenas de uso, começando pelo 'fluxo' e arredores. Sacanagem que a SMDH tenha sido ocupada em protesto contra as ações (e a falta de ações...) na Cracolândia. Solidariedade, Patricia Bezerra!", escreveu Soninha na ocasião.

Ocupação De acordo com a Secretaria dos Direitos Humanos, cerca de 50 integrantes de movimentos sociais, dentre eles o A Craco Resiste, ocupam o auditório da sede da pasta, localizado na Rua Libero Badaró, no centro da capital. Todos os manifestantes acampados se registraram junto à secretaria após participarem de uma reunião do comitê de zeladoria
urbana.

Eles reivindicam uma reunião com as secretarias dos Direitos Humanos e da Assistência Social, representada pelo secretário Filipe Sabará, além da divulgação do paradeiro de pessoas que teriam desaparecido depois da ação e o fim da "política higienista do Estado e da Cidade de São Paulo".



AE