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Verão

Especial

Articulação para 2020 esquentará em agosto

Siglas já apresentam nomes e montam estratégias para a disputa pela prefeitura da Capital

Partidos já estão se mobilizando para as eleições de 2020 | Foto: Ricardo Giusti / CP Memória

É movimentado o cenário político em Porto Alegre nestes dias que antecedem o segundo semestre, quando começarão com mais força as articulações para as eleições municipais do próximo ano. Em um número significativo de partidos já há disputa a respeito dos nomes que deverão concorrer à sucessão do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), na primeira eleição na qual não poderá haver alianças nas chapas proporcionais.

A começar pelo prefeito, quase todos os aspirantes a candidato não têm escondido suas pretensões. Tanto, que Marchezan enfrenta dissidências dentro do próprio governo. Após diversos embates, alguns públicos, o PP, partido do vice-prefeito Gustavo Paim, se adiantou e lançou três pré-candidatos em maio: além de Paim, os vereadores Mônica Leal e Ricardo Gomes. O presidente da sigla na Capital, o vereador João Carlos Nedel, prefere não falar das divergências dentro do governo e focar na preparação para 2020. 

“A candidatura própria vai fortalecer o partido e a nominata de vereadores”, resume. O PP acredita que pode se beneficiar de uma tendência “à direita” do eleitorado porto-alegrense que, em 2018, concedeu a Luiz Carlos Heinze (PP) 221.772 votos na disputa pelo Senado, deixando-o em segundo lugar na corrida na Capital, à frente do ex-prefeito José Fogaça (MDB).

Em função dos movimentos, o partido apontado hoje como o que tem maior probabilidade de indicar o vice de Marchezan para 2020 é o PTB. Em público, a sigla sinaliza articulação para lançar o deputado federal Maurício Dziedricki à prefeitura. Mas também está atenta aos números. Em 2018, Dziedricki obteve 19.809 votos na Capital. Menos do que Luciana Genro (PSol), Sebastião Melo (MDB), Pedro Ruas (PSol) e Sofia Cavedon (PT) fizeram na corrida por uma cadeira na Assembleia Legislativa.  

Disputa gera rupturas no MDB 

Entre as siglas de maior visibilidade, o MDB é o que vem se destacando pelo excesso de postulantes à prefeitura da Capital. As rusgas decorrentes da concorrência devem gerar a saída do vereador Valter Nagelstein, dada como certa entre emedebistas após o vereador se mostrar determinado em concorrer à prefeitura dentro ou fora da sigla. Na semana passada, ele recebeu convite do PSD. 

Por enquanto, no MDB, o mais cotado segue sendo o deputado estadual Sebastião Melo. Mas também estão no páreo Cezar Schirmer, o vereador André Carús e a secretária municipal de Desenvolvimento Social e Esporte, Nádia Gerhard. Nádia vinha se aproximando do PSL. Mas, após o presidente municipal da legenda, Ruy Iriguaray, dar declarações públicas de que, caso a sigla decidir ter candidato à prefeitura, o escolhido será ele, a conversa esfriou.

Para tentar convencer Nádia a permanecer no partido, os emedebistas argumentam sobre as chances de que ela venha a assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa conforme o resultado da eleição. Mas apontam como inexistente a possibilidade de que seja a candidata do MDB à prefeitura. Ou de que venha a ser indicada vice em uma composição com o prefeito Nelson Marchezan na cabeça de chapa. “Em partidos médios e grandes como o nosso, é grande a possibilidade de chapa pura, em função das características da eleição, sem aliança na proporcional”, confirma Carús. 

Carús sugeriu ao partido a realização de uma prévia entre o final de março e o início de abril para definir o candidato a prefeito. As articulações ficarão a cargo da nova executiva, que será eleita no próximo dia 24 de agosto.

Formação de Frente é desafio 

Entre os partidos que fazem oposição à administração Marchezan, o discurso é o da tentativa de formação de uma “frente de esquerda”, composta por PT, PDT, PSol, PSB e PSol, para a eleição. Mas, dentro e fora das siglas, o consenso é considerado difícil. A deputada estadual Juliana Brizola (PDT) teve pré-candidatura lançada na convenção nacional do partido. Internamente, pedetistas confirmam que o diretório nacional vai apostar forte na deputada em 2020 e, em 2022, lançá-la à Câmara dos Deputados. O PT discute abrir mão da cabeça de chapa, mas não para Juliana, e sim para Manuela D’Ávila (PCdoB).

Manuela confirmou a aliados a vontade de concorrer, mas descartou um anúncio até o final do ano. Petistas que querem apoiar o PCdoB asseguram que há, também entre lideranças municipais do PDT, quem entenda que a candidatura de Juliana não pode ser “impedimento” à formação da frente. Ao mesmo tempo, parte do PT também quer candidatura própria, sendo que a deputada Sofia Cavedon concentra as apostas.

A formação da frente enfrenta dificuldades ainda no PSB e no PSol. Com o PSB, apesar da aproximação na Capital, a relação com o PT tem resistência estadual. No PSol, há quem destaque a candidatura própria como fundamental para manutenção ou aumento das três cadeiras na Câmara de Vereadores. “O PT liderará ou estará sob a liderança de uma candidatura que represente o nosso campo”, projeta o presidente da sigla em Porto Alegre, Rodrigo Dilelio, indicando que o partido pretende insistir no bloco. 

Flavia Bemfica