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"Bolsonaro comete 'estelionato moral' ao falar sobre fundo eleitoral", diz Hasselmann

Presidente afirmou que poderia sofrer impeachment caso não aprovasse fundão

Joice Hasselmann considera enganosas falas de Bolsonaro sobre relação de impeachment e fundo eleitoral | Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados / CP

O risco de sofrer um impeachment levantado pelo presidente Jair Bolsonaro, caso ele não sancione o fundo eleitoral, foi chamado de "estelionato moral" e "mentira" pela deputada Joice Hasselmann (PLS-SP). "É lamentável. É uma mentira, É usar da boa-fé das pessoas. Ele está induzindo as pessoas a achar que ele pode sofrer um impeachment", afirmou a ex-líder do governo na Câmara dos Deputados.

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para as eleições municipais deste ano foi aprovado pelo Congresso Nacional em 17 de dezembro no valor de R$ 2,034 bilhões. O fundão eleitoral está previsto em lei e esse é um dos argumentos do presidente para ter de sancionar o fundo, apesar de já ter mencionado que não concorda com o recurso.

O presidente lembrou nessa quinta-feira que tem o dever de "seguir a lei". Bolsonaro citou ainda o artigo 85 da Constituição sobre crimes de responsabilidade ligados a atos do presidente da República. "Não existe nenhuma linha da legislação sobre isso. É uma prerrogativa do presidente vetar ou não. "É uma mentira (a possibilidade de impeachment) para fazer jogo político e colocar a população contra o Congresso Nacional", opinou Joice Hasselmann.

A deputada deixou claro ser contra o fundão e ter votado contra a aprovação do recurso, além de feito um "estardalhaço" para derrubar o aumento do fundo para R$ 3,8 bilhões. Lembrou, contudo, que o governo chegou a propor no texto inicial valor superior ao aprovado pelo Congresso. "Ele mesmo mandou o texto com um valor a mais, com valor de R$ 2,7 bilhões", disse.

Nas redes sociais, Bolsonaro publicou explicações sobre o que é o fundo eleitoral e lançou pergunta para a população: "Pelo exposto você acha que devo VETAR o FEFEC, incorrer em Crime de responsabilidade (quase certo processo de impeachment) ou SANCIONAR?".

Para deputada do PSL, a enquete do presidente é um ato irresponsável. "É um estelionato moral. Ele está tentando manipular a legislação e a população que muitas vezes só se informa pelas redes sociais", afirmou. Ela classificou a estratégia como um "ato de má-fé" por induzir a população. "É muito triste. Extrapola os limites da civilidade porque é uma forma de desinformação. Não vou permitir, não vou passar a mão na cabeça de quem faz isso, seja de esquerda, de direita", finalizou Hasselmann.

AE