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Braga Netto: Bolsonaro "se queixou" de inquérito que cita porteiro de seu condomínio

Ministro da Casa Civil também disse que "tentou acalmar" Sergio Moro para evitar saída do Ministério

Braga Netto prestou depoimento nesta terça-feira | Foto: Marcelo Casall Jr. / Agência Brasil / Divulgação / CP

O ministro Walter Braga Netto, da Casa Civil, afirmou em depoimento a Polícia Federal nesta terça-feira (12) que o presidente havia se queixado sobre não terem sido esclarecidos por completo os fatos relacionados ao porteiro de seu condomínio. O ministro também tentou acalmar Sérgio Moro para evitar que ele deixasse o Ministerio da Justiça e Segurança Pública, confirmando versão dada pelo ex-ministro.

No depoimento, o ministro teria ainda, tentado convencer Moro de manter um canal de comunicação aberto sobre a intenção do presidente Jair Bolsonaro em trocar a direção da Polícia Federal.

Netto também pontuou que Moro não tentou buscar "uma solução intermediária" junto a Bolsonaro para a saída de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da PF.

O ministro também afirmou que o presidente da República revelou sua intenção de trocar  a "segurança no Rio de Janeiro" e que entendeu que seria uma referência a segurança pessoal dele no estado.

Sobre investigações relacionadas ao presidente em curso na PF, Braga Netto afirma que se recorda que o presidente havia se queixado sobre não terem sido esclarecidos por completo os fatos relacionados ao porteiro de seu condomínio". 

Braga Netto foi apontado pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro como uma das testemunhas no inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga uma suposta tentativa do presidente Jair Bolsonaro interferir na Polícia Federal.

O depoimento aos policiais federais foi realizado no Palácio do Planalto, durou cerca de 4 horas e foi acompanhado por representantes da PGR (Procuradoria Geral da República), da AGU (Advocacia Geral da União) e de um dos advogados que representa Sérgio Moro no processo.

Em outras salas, também no Palácio do Planalto e no mesmo horário, depuseram os ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e o general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional.

Hoje pela manhã Moro, representantes da AGU, da PGR e do STF assistiram a reunião ministerial de 22 de abril, apontada pelo ex-ministro em seu depoimento, como prova das intenções de Bolsonaro de interferir na Polícia Federal.

Ontem já prestaram depoimentos o ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, além de Alexandre Ramagem, atual diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e um dos indicados por Bolsonaro para substituir Valeixo, mas barrado pelo STF, e o ex-superintendente da PF no Rio de Janeiro Ricardo Saad.

Correio do Povo e R7