Conforme o promotor de justiça da Defesa do Patrimônio Público de Porto Alegre, Nilson Rodrigues Filho, as investigações começaram a partir de uma denúncia, feita no fim de 2015, por um ex-funcionário do gabinete dele. A cobrança, que havia sido apelidada de “caixinha”, partia de uma contribuição mínima de R$ 300 mensais em troca de cargos, não só na Câmara, mas em vários órgãos da Prefeitura.
Para o presidente municipal do PTB, Everton Braz, a ação contra Manfro pegou os correligionários da sigla de surpresa. “Na verdade surpreendeu a todos o volume da operação, para o que temos de informação”, revelou.
Mario Manfro não foi localizado pela reportagem para falar sobre o assunto. A assessoria do vereador afirmou que espera a chegada do advogado para se manifestar sobre o caso.
Braz sustentou que o vereador já foi procurado, mas ainda não compareceu à sede do partido para se explicar. O presidente do PTB em Porto Alegre também desconhece o teor da denúncia e estima que as investigações tenham começado quando Manfro era ligado a outros partidos – Rede e PSDB. Ele ingressou no PTB no início do ano.
Braz disse que vai aguardar os desdobramentos da investigação para avaliar as medidas a serem tomadas pelo partido. O dirigente adiantou, porém, que caso seja comprovado o envolvimento de Manfro no esquema, o vereador pode ser suspenso do PTB e, inclusive, expulso.
Lucas Rivas/Rádio Guaíba