O tucano continua preso. Ele alegou à PF que a dinheirama tinha origem em "sobras de campanha" e "doação do pai". A sessão extraordinária 3/2018 foi iniciada às 15 horas desta quinta, 16, com a presença de todos os 13 vereadores da Casa.
O vereador Guilherme Prócida, filho do prefeito e parte interessada nos processos, teve a liminar que permitia sua participação suspensa após duas decisões do Tribunal de Justiça de São Paulo, informou a Câmara. Foi convocado o suplente, Pedro Eduardo Carvalho Homem, o "Dr. Pedro", para ocupar a função exclusivamente nas votações das seis Comissões Processantes. Com a cassação, a Câmara emitiu Decreto Legislativo sobre a decisão dos vereadores, dando ciência à Justiça Eleitoral sobre a vacância dos dois cargos do Executivo. O decreto também será protocolado na prefeitura.
O presidente da Câmara, Rodrigo Biagioni, o Rodrigo Casa Branca (PSDB), ao assumir a prefeitura, dará andamento ao pedido de novas eleições municipais. A denúncia que culminou na cassação de Prócida e de "Márcio Cabeça" tem como base a Operação Prato Feito, deflagrada em maio pela Polícia Federal.
A investigação põe sob suspeita pelo menos 30 prefeituras paulistas por fraudes. Treze prefeitos são investigados, além de quatro ex-prefeitos, 27 funcionários públicos, um vereador e 29 empresas. Também são alvo da PF e do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União secretários municipais e lobistas.
A PF pediu a prisão de 62 investigados, mas a Justiça Federal autorizou em maio apenas buscas. Outro lado A reportagem tenta contato com a defesa de Artur Parada Prócida e "Márcio Cabeça" e fez contato também com a Prefeitura de Mongaguá. Até o fechamento deste texto, não havia obtido o posicionamento dos citados, mas deixou espaço aberto para manifestação.
AE