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Câmara Municipal de São Paulo cria CPI para investigar atuação da Enel em longa falta de luz

Comissão terá duração inicial de 120 dias e contará com 7 integrantes

Falta de poda de árvores e demora no atendimento de emergência estão entre problemas citados | Foto: Renato Cerqueira / Futura Press / AE / CP

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, na tarde desta quarta-feira, a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar os serviços prestados pela Enel Distribuição São Paulo, concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica na capital paulista. A CPI terá prazo de 120 dias, que poderá ser prorrogado, com a finalidade de apurar “a falta de assistência, o serviço deficitário prestado (pela Enel) aos munícipes paulistanos, as constantes interrupções de energia em decorrência da falta de manutenção e poda preventiva da vegetação do porte arbóreo ao redor dos cabos das vias públicas do município”, de acordo com o texto do requerimento para criação da comissão.

Segundo os cálculos da concessionária, ainda havia mais de 11 mil de imóveis na cidade sem energia nesta quarta, desde a tempestade da última sexta-feira. A empresa privada havia se comprometido a restabelecer o fornecimento até a terça, o que não ocorreu.

O requerimento da CPI foi apresentado pelo vereador João Jorge (PSDB). No texto, o parlamentar justificou a abertura de investigação em razão do prolongado tempo para o restabelecimento da energia e os danos causados aos moradores do município. “Na data desse requerimento, milhares de consumidores ainda não tiveram sua energia restabelecida. Considerando os amplos danos e prejuízos causados devido à falta de energia para a municipalidade, considerando que os atuais problemas são apenas a culminação de uma série de crescentes de problemas enfrentados pelo consumidor paulistano em relação ao fornecimento de energia”, diz o texto.

O requerimento ainda ressalta que a concessionária teria reduzido seu quadro de pessoal e atrasado o cronograma de investimentos. O pedido cita "as notícias de que a empresa reduziu em seu quadro de funcionários em 36% desde que adquiriu o controle da antiga Eletropaulo em dezembro de 2018, enquanto as reclamações sobre o serviço prestado disparam no período" e o "atraso no cronograma de investimentos que deveriam ser feitos pela concessionária”. A instalação da CPI está agendada para a quinta, às 13h. A comissão terá sete integrantes e será presidida pelo vereador João Jorge.

Na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, já há uma CPI criada, em 30 de maio, para apurar “possíveis irregularidades e práticas abusivas cometidas pela Enel na prestação de serviços de fornecimento de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo". A comissão investiga, especialmente no período de 2018 até 2023, as quedas de energia, a cobrança irregular de valores, a atuação operacional, o suporte aos consumidores e prefeituras, a execução da tarifa social, a execução dos investimentos e das obras previstas, bem como o estado de conservação da rede de infraestrutura e de distribuição energética.

O diretor-presidente da Enel Distribuição São Paulo, Max Xavier Lins, foi convocado para ser ouvido pela CPI da Alesp na próxima semana.

Agência Brasil