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Campos Neto projeta votação da independência do Banco Central "em algumas semanas"

Presidente da autarquia defendeu que BC independente produz inflação baixa e estável

Economista disse que mandato do presidente não vai mais coincidir com o do presidente da República | Foto: José Cruz / Agência Brasil / CP

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que o projeto de independência da instituição no País deve ser votado "em algumas semanas". A informação foi dada durante em evento na Cidade do México em comemoração dos 25 anos da autonomia do Banco Central mexicano e que tinha, como tema principal, a independência dessas autarquia. Durante seu discurso, ele garantiu que a brasileira está muito perto de alcançar a independência jurídica e que os mandatos dos presidentes não vão coincidir com o do presidente da República.

Campos Neto começou sua apresentação no evento no México contando a história da criação do Banco Central do Brasil, por seu avô, o economista Roberto Campos, em 1964. Ele contou uma história dizendo que Roberto Campos foi conversar com o então presidente do Brasil, o militar Humberto Castelo Branco, sobre a criação e ouviu do dirigente: "é importante um BC para ser o guardião do dinheiro", no que Campos respondeu: "Eu sou o guardião do dinheiro". Depois, citando as evidências de estudos econômicos em países emergentes, acrescentou que um BC independente produz inflação baixa e estável.

"Quando o mercado tem a sensação de que o BC tem credibilidade a curva de juros fica menos inclinada. Quando há percepção de que o BC está perdendo essa credibilidade, os prêmios de risco sobem e a curva empina. Só se consegue flexibilizar política monetária de forma sustentável se houver credibilidade do BC, ressaltou Campos Neto. Nesse sentido, Campos Neto disse que a autonomia do BC incentiva o investimento privado. "Implementar a autonomia vai fortalecer esse processo."

Tecnologia

No fim do seu discurso, o presidente do BC, que foi apresentado no evento como um entusiasta das mudanças tecnológicas, falou sobre as transformações que a tecnologia está implementando no sistema financeiro no mundo. "Estamos muito perto de importantes transformações na intermediação financeira", disse ele, observando que a tecnologia pode provocar mudanças disruptivas no setor financeiro. Campos Neto completou que os governos não são tão rápidos quanto os avanços na tecnologia e, quanto mais independente o BC for, com mais velocidade vai conseguir acompanhar as mudanças tecnológicas.
 

 

AE