person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

China alerta EUA de "consequências" se Pelosi visitar Taiwan

Pontos de tensão entre Pequim e Washington se multiplicaram nos últimos anos

| Foto: Saul Loeb / AFP / CP

A China alertou nesta quarta-feira (27) que os Estados Unidos terão de assumir "todas as consequências" de uma possível visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi. O aviso foi feito antes de um telefonema programado para os próximos dias entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o americano, Joe Biden.

Os pontos de tensão entre Pequim e Washington se multiplicaram nos últimos anos: o Mar da China Meridional, influência crescente da China na região de Ásia-Pacífico, guerra na Ucrânia e inclusive Taiwan. A China considera a ilha, que conta com uma população de 24 milhões de habitantes, como uma de suas províncias históricas, mas não controla o território.

Pequim, que se opõe a qualquer contato entre Taiwan e outros países, aumentou a pressão militar e diplomática contra Taipei desde a eleição em 2016 da presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, quem vem de um partido separatista. Ao mesmo tempo, as tensões entre China e Estados Unidos também aumentaram por várias vendas de armas americanas a Taiwan e a visita à ilha de políticos americanos que chegaram a oferecer seu apoio às autoridades taiwanesas.

Nancy Pelosi, uma das figuras políticas mais importantes dos Estados Unidos, planeja viajar para Taiwan no próximo mês, segundo a imprensa. No entanto, ela ainda não confirmou se fará a viagem, embora tenha dito que é "importante mostrar nosso apoio a Taiwan".

Controvérsia

A China alertou na segunda-feira que "está pronta" para responder à visita da dignitária americana e reiterou, nesta quarta-feira (27), sua "firme oposição". "Se os Estados Unidos persistirem em desafiar a linha vermelha da China" com esta visita a Taiwan, "enfrentarão fortes medidas em resposta e devem assumir todas as consequências", disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Zhao Lijian, em entrevista coletiva.

Lijian respondeu desta forma a uma pergunta sobre as informações que indicam que os militares dos EUA aumentariam sua atividade na Ásia-Pacífico no caso de uma visita de Pelosi. Essa viagem a Taiwan é apenas uma hipótese que está sendo debatida dentro do governo americano.

Excepcionalmente, o próprio Biden assegurou na semana passada que os militares dos EUA consideram que o deslocamento da presidente da Câmara dos Representantes "não foi uma boa ideia". De fato, uma possível visita de Pelosi alarmou o governo Biden, que teme que a viagem ultrapasse as linhas vermelhas no momento em que seu homólogo Xi Jinping se prepara para consolidar sua liderança em uma reunião do Partido Comunista prevista para o final do ano.

Atualmente, Taiwan conta com amplo apoio do Congresso dos EUA, tanto que as ameaças de Pequim apenas levaram a pedidos para que Pelosi continuasse sua jornada. Os Estados Unidos, como a maioria dos países, não reconhecem Taiwan oficialmente. No entanto, Washington apoia amplamente a ilha e muitas vezes elogia seu status "democrático". Além disso, os Estados Unidos são seu maior fornecedor de armas.

AFP