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Comissão da Anvisa diz que ameaças são desapreço pela vida

Departamento de ética da Agência publicou nota de repúdio contra ameaça às vidas dos diretores

Anvisa ainda não recebeu novos pedidos para autorizar a vacinação contra a Covid-19 | Foto: ABr / Divulgação / CP

A Comissão de Ética da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou uma nota de repúdio contra as ameaças sofridas pelos diretores. Os cinco diretores da Agência foram ameaçados de morte na hipótese de aprovarem a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 em e-mail enviado aos representantes da Diretoria Colegiada.

Segundo o texto publicado pela Comissão, “colocar em risco a vida dos diretores significa ter desapreço pela saúde e pela vida de todos os brasileiros, e este fato não pode ser admitido”. O pai de uma criança do Paraná foi o responsável pelas ameaças. No e-mail, também enviado a instituições de educação do estado, o homem afirma: “Quem ameaçar, quem atentar contra a segurança física do meu filho: será morto”.

“Dirigentes atuam pautados nos princípios éticos que baseiam suas atribuições, de acordo com a independência funcional da Agência, respeitando a autonomia técnica de seus servidores que tem como base o rigor científico, cumprindo seu compromisso com a saúde pública visando à segurança da população brasileira”, afirma a nota do Conselho.

A Anvisa “oficiou imediatamente às autoridades policiais e ao Ministério Público, nos âmbitos Federal, Estadual e Distrital, para adoção das medidas cabíveis”, como informou a Agência. A Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa) repudiou as declarações do homem.

“É com repulsa e indignação que a Univisa conhece a ameaça sofrida pelos diretores da Anvisa. Tal fato preocupa por não poder ser tomado isoladamente. Trata-se de exemplo que demonstra o que ocorre quando a circulação de notícias falsas, o negacionismo científico e o discurso de ódio são levados às últimas consequências”.

A Anvisa ainda não recebeu novos pedidos para autorizar a vacinação contra a Covid-19 em crianças, mas a farmacêutica Pfizer anunciou que, em novembro, entrará com o pedido para vacinar o público de 5 a 11 anos. A nova demanda tem como base o ensaio, realizado com aproximadamente 2.000 crianças, que revelou 90,7% de eficácia contra o novo coronavírus na faixa etária em questão.

R7