Conforme o advogado de Manfrói, Ricardo Giuliani, que às 20h30min permanecia na sede da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) com o cliente, o juiz permitiu a volta de Manfrói para casa depois de examinar as provas do flagrante e confirmar que os fatos não eram suficientes para mantê-lo detido. “Diferentemente do que muitos disseram, Manfrói não foi e nem vai para o Presídio Central. As armas tinham procedência e ele respondeu todas as questões. Não há elementos para prisão”, disse o advogado. Giulani acrescentou que Manfrói também se comprometeu a comparecer à delegacia quando solicitado.
Manfrói foi autuado por porte ilegal de armas de uso permitido e restrito (quatro revólveres - calibres 44, 38, 22 e 32 -, uma pistola 635 e uma espingarda calibre 12). As penas somadas podem variar de quatro a nove anos de prisão. O conselheiro também é um dos principais líderes do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) na Capital.
Outros dois investigados na Operação Sete Chaves também foram encaminhados à delegacia depois de terem armas apreendidas em casa. A delegada explica que o ex-presidente da companhia, André Imar Kulczynski, possuía duas e o ex-gerente financeiro Ayrton Fernandes uma, mas de uso permitido e com registro, ainda que vencido.
Dessa forma, todos foram autuados por posse ilegal de arma de uso permitido e liberados após pagamento de fiança. O valor estipulado ao ex-presidente foi de dez salários mínimos, o equivalente a R$ 6.780, e ao ex-gerente financeiro de cinco salários, correspondente a R$ 3.390.
Agentes da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Capital e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram mandados ainda na casa da ex-diretora administrativa e financeira da Procempa, Giorgia Pires Ferreira.
Wagner Machado/Rádio Guaíba