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Verão

Especial

CPI apreende celular de Dominguetti após apresentação de áudio de Luís Miranda

Deputado negou envolvimento na compra de vacinas e disse que gravação seria de 2020

| Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado / CP

O depoente desta quinta-feira na CPI da Covid, Luiz Paulo Dominguetti, divulgou um áudio com uma suposta negociação do deputado Luís Miranda (DEM) de compra das vacinas pela empresa Davati. A apresentação da gravação causou tumulto e fez com que Miranda se dirigisse à sala onde ocorre o depoimento para conversar com o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). A Mesa da comissão decidiu apreender o telefone celular de Dominguetti após a divulgação da conversa. 

No áudio não fica claro se o deputado se refere ao irmão, Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, na suposta oferta para compra de vacinas da AstraZeneca. Luis Ricardo já denunciou ter sofrido pressões atípicas para a compra de outra vacina, a Covaxin, a mais cara entre as negociadas pelo governo e um dos principais eixos de investigação da CPI.

Na sequência da entrada de Miranda na sessão de hoje, Aziz afirmou que o deputado teria negado que o áudio apresentado por Dominguetti tenha relação com a compra de vacinas. "Fiz questão de chamar outros senadores para ouvirem a conversa e ele (Luís Miranda) afirmou que a conversa ocorreu em 2020, antes da negociação de imunizantes pelo governo federal", disse Aziz.

Em entrevista à CNN, Miranda teria explicado que a negociação seria para aquisição de luvas. Para ele, Dominguetti deveria ser preso

Tumulto e questionamentos 

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES), presente na sessão, declarou que a testemunha desta quinta foi "plantada" na comissão para desqualificar a denúncia apresentada por Luís Miranda e seu irmão, funcionário do Ministério da Saúde, sobre irregularidades no contrato da compra da vacina indiana Covaxin.

A presença de Miranda na CPI causou queixas dos senadores governistas Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), Marcos Rogério (DEM-RO) e Fernando Bezerra (MDB-PE). Este último, líder do governo no Senado, afirmou: "O que é isso? Ele não pode ficar presente na sessão". Os senadores questionaram também se se tratava de uma ameaça. Bezerra também pediu que o áudio seja investigado pela Polícia Federal. 

Dominguetti, policial militar de Minas Gerais que é também representante comercial da Davati Medical Supply, foi convocado para explicar o pedido de propina que teria ouvido de integrantes do Ministério de Saúde quando tentou negociar a venda de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. A denúncia foi feita originalmente ao jornal Folha de S.Paulo.

Correio do Povo e R7