Nesta sexta-feira, um dia depois de o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), afirmar que o País "caminha para a ingovernabilidade", Dilma afirmou que a história está se repetindo. "Desde Marx sabemos: a história se repete, a primeira vez com a tragédia e a segunda com a farsa. Golpe 2016: tragédia. 2017: farsa das elites", escreveu.
Desde Marx sabemos: a história se repete,a primeira vez c/o tragédia e a segunda c/o farsa. Golpe 2016 : tragédia. 2017: farsa das elites — Dilma Rousseff (@dilmabr) 7 de julho de 2017
"Em vez de carta Twitter; verba volant scripta manent!", escreveu Dilma. Em tradução livre, a frase citada significa "as palavras voam, os escritos permanecem." A citação foi usada por Temer como epígrafe da carta escrita após o processo de impeachment ser pautado pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na ocasião, Michel Temer afirmou que sabia que Dilma não tinha confiança nele e no PMDB.
Uma hora antes dessa manifestação de Dilma, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, também usou o Twitter para afirmar que é preciso "ter muita tranquilidade e prudência neste momento".
Cresceu nesta quinta-feira, a tensão sobre a posição do PSDB em relação ao governo Temer. Em conversa com jornalistas, Tasso Jereissati disse que o País "caminha para a ingovernabilidade" na gestão do peemedebista e que Rodrigo Maia poderia garantir governabilidade ao País até a eleição de 2018.
A ideia da queda de Temer com a ascensão de Maia ao poder preocupa o PT. Em entrevista para uma rádio nesta quinta, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que só interessa a saída do peemedebista se houver convocação de eleições diretas. Na quarta-feira, em Brasília, Lula chegou a falar que Maia estaria se preparando para ser o próximo presidente e que os petistas não poderiam achar "que um golpista é melhor do que outro".
AE