“Eu gosto das prévias. Aliás, sou fruto delas. Se não tivesse existido as prévias na eleição de São Paulo, onde eu venci, não estaria agora falando como prefeito. É importante ter pesquisas. Temos que avaliar nacionalmente o desempenho do PSDB e daqueles que virão a ser candidatos. Eu não me apresento agora como pré-candidato, mas entendo que essa é uma formatação boa e adequada, que pode ser complementada com a existência ou não das previas”, disse Doria, que admitiu um receio de constrangimento se tiver que disputar com Geraldo Alckmin a indicação do partido.
“Seria um certo constrangimento caso tivesse que enfrentar o governado Geraldo Alckmin, que é uma pessoa que tenho uma admiração”, completou.
Apesar do receio, João Doria garantiu que a relação dele com Alckmin segue boa e descartou qualquer possibilidade de racha no PSDB. “Há fofoca de opositores. Acabei de sair de um almoço com Fernando Henrique Cardoso e Geraldo Alckmin em uma demonstração clara de união e harmônia. Estamos e continuaremos juntos. Não há nenhuma situação de distanciamento entre nós. Estamos e continuaremos unidos”, garantiu.
FHC nega preferência por Alckmin
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta segunda-feira que o prazo máximo para o PSDB realizar prévias para definir o candidato à Presidência em 2018 é março. FHC relativizou o comentário do presidente nacional interino do partido, senador Tasso Jereissati (CE), de que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), é o "primeiro da fila" na disputa. Para FHC, a fala de Tasso Jereissati tem a ver com o tempo em que Alckmin está na política.
"Geraldo está há mais tempo na política. Nesse sentido, é o primeiro da fila. Isso significa que tem lugar garantido? Não", disse o ex-presidente, após a palestra oferecida pelo Lide - Grupo de Líderes Empresariais -, no qual participou ao lado de João Doria e Geraldo Alckmin
FHC reiterou que acha saudável a competição na legenda e se disse feliz pela sigla ter mais de uma opção "com vontade e em posição" de se candidatar ao Planalto. Ele manifestou sua preferência pela realização de prévias.
"Se não estiver claro quem tem chance, o partido faz prévias", disse, ao acrescentar que as pesquisas dizem "pouca coisa" nesta altura, a cerca de um ano da eleição.
Por outro lado, Fernando Henrique disse entender que março é a data-limite para a realização de prévias, uma vez que é preciso dar espaço às agremiações para fazer a campanha.
Correio do Povo e AE