Os dois planejavam conceder uma entrevista coletiva na tarde desta quinta sobre as revelações feitas nesta quarta feira pelo jornal "O Globo" e confirmadas pelo Estado de S. Paulo. De acordo com a publicação carioca, o empresário Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS, relatou no acordo de delação premiada firmado por ele que gravou conversa com o presidente Michel Temer, em março deste ano, na qual ele teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), preso na Operação Lava Jato.
Joesley também gravou conversa com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na qual o tucano pede R$ 2 milhões ao empresário sob o argumento de que precisaria de ajuda para pagar sua defesa na Lava Jato. Na manhã desta quinta, o Supremo Tribunal Federal (STF) afastou Aécio do cargo de senador e ordenou a prisão da irmã e do primo dele. É esperado agora seu afastamento do cargo de presidente nacional do PSDB.
De acordo com Doria, a cautela é necessária porque muitos fatos têm vindo à tona a cada minuto. Uma manifestação de ambos, no entanto, não está descartada. O prefeito e o governador aguardam pelo término da reunião que ocorre nesta quinta em Brasília e reúne as bancadas tucanas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
O posicionamento de Alckmin e Doria, ambos cotados para disputar a indicação do partido para a corrida presidencial de 2018, deve ser único. Os dois pretendem mostram que a legenda em São Paulo tem unidade e comando. Antes disso, às 15h desta quinta-feira, Alckmin é esperado para cumprir uma agenda de governo na Bela Vista, no Centro da capital, durante inauguração de um equipamento de saúde.
AE