“Aqui (da presidência da Câmara) só cabe uma maneira de eu sair, que é renunciar, e eu não vou renunciar. Então, aqueles que acham a que podem contar com minha renúncia, esqueçam: eu não vou renunciar", afirmou Cunha.
O deputado negou que esteja sofrendo pressão para sair da presidência e disse que está em busca do apoio de aliados e do PMDB para permanecer no comando da Câmara e chamou de especulações as informações divulgadas a esse respeito.
Em relação às denúncias que o envolvem, Cunha disse que mantém o teor de nota divulgada na última sexta-feira, quando se pronunciou sobre documentos encaminhados à Procuradoria-Geral da República pelo Ministério Público suíço.
A mulher do presidente da Câmara, Claudia Cruz, e sua filha, Danielle Cunha, também são citadas na ação. Entre os documentos que foram encaminhados ao Brasil e apresentados na reportagem, constam cópias do passaporte de Cunha usado para abrir a conta. Também consta seu endereço residencial no Rio de Janeiro, em um condomínio, na Avenida Heitor Doie Maia, na Barra da Tijuca, além de números de telefone do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.
Em razão das denúncias, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de investigação contra Cunha. O pedido foi aceito pelo ministro Teori Zavaski, relator dos projetos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). No pedido, a PGR afirma que o deputado recebeu propina de contratos da Petrobras até 11 de setembro de 2014. Segundo a procuradoria, Eduardo Cunhara recebeu U$S 5 milhões em contrato de navios-sonda para a Petrobras.
Cunha focado em cumprir prazos do STF
Em entrevista coletiva, Cunha revelou que apresentará recursos sobre impeachment ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda e que estava focado exclusivamente em cumprir o prazo de cinco dias. O ritmo do impeachment foi estabelecido pelo peemedebista em resposta a questão de ordem apresentada pelo DEM. O prazo para recursos as liminares concedidas pelo STF encerram-se nesta segunda-feira.
Agência Brasil e Correio do Povo